DISCLAIMER


DISCLAIMER: 1. The risk of trading equities and/or derivatives can be substantial. 2. Any decision to purchase or sell as a result of the opinions expressed in this blog will be the full responsability of the person authorizing such transaction. 3. Past performance is not indicative of future results.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Fact On Contrarianism - part II

Não tivesse comentado sobre "contrarianismo" ontem possivelmente o título desse post teria sido alguma coisa do tipo "Common Sense Has Left the Building!", em homenagem a frase análoga que virou cliché por causa das platéias dos shows de Elvis Presley.

Hoje o MSN Money dos EUA publicou um artigo intitulado 7 ways to get rich faster. Fornece 7 conselhos a serem empregados em investimentos. Para quem estiver com preguiça de dar uma olhada aqui vão eles: Concentre; alavanque; procure por barganhas; esteja acima das marcas; faça sua própria pesquisa e, last but not least...explore mercados emergentes e considere commodities. Yikes!! Isso está me parecendo com aquela avaliação do Chefe de Investimentos da Standard and Poor's feita em abril dizendo que o pior já tinha passado. Ou a proposta de adesão a um fundo de renda variável de principal garantido formulada pelo meu gerente de conta. Me garantiu: "o fundo está com uma boa aceitação dos clientes". Holy shit!


A título de curiosidade, vejam como o volume de buscas por "oil speculation" explodiu esse ano no Google Search e na mesma proporção a veiculação de notícias correlatas .


Convém ressaltar que não estou anunciando Armageddon para amanhã. Deixo claro, no entanto, que essa tendência parabólica nas commodities culminará em um blow-off como qualquer outra desse tipo ao longo dos séculos. Pode não ser - e geralmente não é - o fim de um bull market, mas a correção pode ser muito maior do que se imaginava ser razoável. Aliás, razoável é um verbete desconhecido no vernáculo do mercado.

domingo, 29 de junho de 2008

Fact On Contrarianism*

Tem sido muito instrutivo perceber como os "novos" investidores (leia-se: pessoas físicas cadastradas em homebrokers nos últimos 5 anos) avaliam a questão do "contrarianismo". Nesse período vários periódicos de grande circulação dedicaram pelo menos uma manchete de capa ao mercado de ações. Novos veículos especializados no assunto surgiram. Salvo melhor juízo, cada acontecimento desses não obteve recepção favorável por parte das comunidades de fóruns e grupos eletrônicos que costumo pesquisar para formar minha opinião.
O sentimento "contrário" sugere que os últimos investidores a levantarem os preços sejam aqueles atraídos pelo oba-oba da mídia. A história realmente tem nos mostrado que esse é um bom balizador para gerenciamento de risco, principalmente após anos de um bull market. Mas no caso específico do IBovespa isso nunca chegou a me preocupar. Por quê? Não tem sido o investidor doméstico (institucional ou não) o responsável pelo nosso expressivo bull market. E sim o estrangeiro. Falta-nos poupança doméstica para tal. Portanto, meu contrarian benchmark deveria ser colocado, a meu ver, na mídia estrangeira. Imaginem uma capa da Newsweek ou do NYT mostrando entusiasmo com equities no Brazil. Yikes!

Embora isso não tenha ocorrido, depois do blow-off do mercado chinês e anteriormente ao IG concedido ao Brasil já notava que a letargia da mídia yankee e de hedge fund managers em relação ao mercado de equities brasileiro fora abalada. Esse mês o Dow Jones Indexes, unidade da Dow Jones & Company, criou o DJ BRIC 50 Index (agora!?), reunindo 50 empresas desse grupo de países.


Aproveitei uma idéia recente do Sandor do Giuoco Piano Trading e pesquisei a evolução de pedidos de busca no Google Search a partir do tráfico nos EUA envolvendo o termo "ETF Brazil". O resultado é bem sugestivo. O pico recente no número de buscas coincidiu aproximadamente com o pico do Ibovespa e dos mercados em geral. Se esse fato foi leading ou lagging, difícil dizer. A ferramenta não chega a esse nível de detalhamento temporal.


Moral de estória: Investir baseando-se numa filosofia contrarian - ao contrário do que se diz por aí - está longe de ser algo simples.
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* Centésimo post. Nunca pensei que fosse ter paciência para escrever isso tudo. :)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Fact On Games

Nos fóruns de Internet as estórias sempre se repetem. Só mudam os personagens. Uma das comuns ocorre quando um forense perde e não compreende por que: "Essa Bovespa é um cassinão...É tudo manipulado." Quando se fala em cassino, a associação implícita e inevitável é com o jogo de roleta. Uma outra turma acredita que comprar e vender equities é um exercício plenamente racional, mais parecido com xadrez. Aí os fundamentalistas ortodoxos são a maioria. Em Pindorama não vejo associarem essa atividade ao poker. Talvez porque esse jogo ainda não seja popular como nos EUA, onde jogadores profissionais são meio que celebridades.

Ironicamente é justamente o poker que carrega mais similitude com o trading convencional. Nada melhor que remeter os leitores a um artigo sobre o assunto de autoria do Dr. Steenbarger postado em seu blog no ano passado. Quanto aos outros 2 jogos, as suas naturezas são diversas. No xadrez não existe sorte, já que só é possível vencer às custas de uma jogada débil do oponente. Eu, como grande aficionado desde a adolescência, sei bem disso. A figura de fundo no cabeçalho do meu blog tem a ver com a atitude psicológica e a concentração necessárias à prática do jogo, presente também na figura do Dr. Spock (imagem anterior). A roleta é um jogo em que predomina a aleatoriedade. No meio dos melhores traders/especuladores e poker players é muito improvável que impere a aleatoriedade. Qual a aleatoriedade, por exemplo, que existe na façanha de Phil Hellmuth, onze vezes campeão do World Series of Poker?

"Markets Turn On A Dime...

...and most traders cannot." Imagino ser essa uma frase de Mr. Farley. Geralmente escrevo fora do horário comercial, mas dessa vez acho que nesse exato momento seria mais apropriado fazê-lo. Ontem na última hora da sessão yankee - 16 às 17 hs. no nosso horário - bears socaram like there is no tomorrow.
Ao examinar os internals e o sentimento à noite, percebi que há um ambiente ainda meio complacente em Wall St. Ou seja, muitos acreditam que os atuais níveis de preços servirão de suporte. Como contrarian, me sinto desconfortável com isso. Mesmo que os 11,6k do DJIA sirvam de rebound, não acredito que se constitua em um major bottom.
Comentando sobre o Ibroxespa, houve até o momento uma retração de quase 100% do corpo real (real body) do pregão de ontem. Ouch! Mesmo que ocorra uma reação fenomenal dos bulls está claro que estão sem convicção alguma ao permitirem price action abaixo ou próximo da consolidação intraday de ontem.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

How About Some Track Record?

Ato 1: Mês passado elaborei um post no qual disse que os mercados pareciam "kinda toppy", dois dias depois do topo histórico do Ibroxespa. Check it out.

Ato 2: Também em maio sugeri que um reteste dos 66 k do Ibovespa - então aparentemente improvável - não tinha nada de "saudável", contrariando opinião dos especialistas de análise técnica que servem de referência para artigos sobre o assunto no site Infomoney.* Check it out.


Ato 3: Ontem, enquanto blogs de mercado mostravam certo ceticismo/desconforto com o price action, comentei no post de ontem que não havia um fundo em "V" em Rio. Mas que se delineava uma reversão "plain-vanilla" (higher highs, higher lows). Vide post de ontem.

* Mercados fortes não retestam suportes. Quando muito fazem-no apenas no intraday.
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Adendo ao post de ontem: Tenho ruminado a respeito da mudança do tipo de bottom feito por Rio. Conjugando esse fato com os demais technicals dos mercados é natural imaginar que o ímpeto dos players já não seja o mesmo...

terça-feira, 24 de junho de 2008

Fear Stronger Than Greed

Sabe-se que os preços livremente negociados, via de regra, caem mais rápido do que quando sobem*. Tal circunstância corresponde às características da reação humana. O medo é sentimento mais poderoso que a ganância. Sempre foi e sempre será. Não por acaso fundos levam mais tempo para se formarem que topos.

Daí "V-type bottoms" são ocorrências pouco comuns. No entanto, a força dos emerging markets (EMs) nos últimos anos produziu esses padrões raros de reversão (na direção da tendência primária) em uma seqüência impressionante (vide ADR de Vale, p. ex.). A título de curiosidade: A quarta reversão em "V" parece que não irá ocorrer, posto que já se percebe nitidamente um higher high e um higher low em andamento. Cada uptick ou downtick nos diz algo. Cabe ao operador interpretá-lo.

* Nota: Em termos estatísticos tenho alguns números. Mas como não me recordo do autor do estudo prefiro não mostrá-los.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Retailers: From Bad To Worse

Ao contrário das major averages yankees (DJIA, SP500 e NAZ), o índice de varejo da Standard and Poor's - leia-se: Wal-Mart, Home Depot, etc. - sequer conseguiu superar as máximas de fevereiro e esbarrar na MM de 200 dias. Continua lagging junto com Financials. O atingimento dos suportes do início do ano é iminente.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Those Expensive Free Analyses...

Em uma de suas memoráveis newsletters - de abril de 2006 - Richard Russell, o veterano editor das Dow Theory Letters, comentou que um de seus amigos, investidor muito rico e bem-sucedido lhe perguntou: "Russell, do you know why stockbrokers never become rich in this business?" . Respondeu alegando desconhecimento. E o investidor continuou: "They don't get rich because they never believe their own bullshit."

Sobre tema conexo postei mês passado Put On Your Thinking Cap, Dear Reader, leitura apropriada para o momento.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Fact On the Couch

Ter prejuízo em uma operação por causa de fatos rapidamente precificados - na direção contrária a que espero - não me perturba. Comentei outro dia quando estava short em uma operação travada de opções de petr4 justamente quando o papel começou a ficar estupidamente e estranhamente altista. Dias depois Dona Dilma anunciou o descobrimento do Campo de Tupi em Rede Nacional. Things got ugly...

Perturbador para mim é sentir que estou com um viés de análise coincidente com o da maioria. Ou seja, com o melhor analista do Lehman Brothers ou com o Zé das Couves. Tanto faz. Aí é que passo a duvidar das minhas pesquisas e provavelmente não terei coragem de fazer nada ("when in doubt stay out") até que novos cenários sejam vislumbrados. Note-se que a dissonância cognitiva advém do fato de estar "do mesmo lado" da maioria. Não tem a ver com surpresas no price action. Ocasião na qual mudo de lado tão rapidamente quanto possível.

Isso seria um tipo de sentiment analysis não-convencional, já que não lanço mão de um indicador mensurável. Esse tipo de "análise de sentimento" serve para reforçar a análise técnica ortodoxa e não o inverso.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Spotting A Reversal - Yikes!

Apontar reversões exerce grandes fetiches sobre traders. Mas não sem muita sorte e perícia isso pode ser conseguido. A explicação reside no fato de que bottoms ocorrem em meio a extremo pessimismo. E, apesar de termos uma idéia, baseado-nos em technicals e contrarian indicators, com exatidão nunca saberemos até onde a manada nos levará.

Tenho observado por fóruns e blogs afora a procura incessante por suportes, divergências positivas, etc. Essa iniciativa denota esperança. Tal sentimento - claro - não combina com bottoms. Essa atividade de procura e falha de suportes frustra os novos technicians (ou aspirantes a tal). E é muito comum vê-los desistir da empreitada: "Suportes e resistências são empulhações..." Desejam previsibilidade, algo impossível nessa atividade. Se a informação é previsível e de conhecimento público, not to worry. Ela é inútil como trigger de preços.

O desafio é sempre tentar adotar a visão dos investidores que possuem premissas falsas (a maioria), descobri-las e explorá-las.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Rashke's Lesson Applied - Followup

Como esperado, houve repique dentro de um movimento maior caracterizado pela linha de tendência de baixa (tracejado amarelo), após contração de range de preços, climax e diminuição de momentum. A última barra do chart nos lembra de uma das premissas de Ms. Linda Raschke, não mencionada no post de sábado: "A trend is more likely to continue than reverse." Esses elementos estão continuamente presentes em qualquer ebb-and-flow de preços.

domingo, 15 de junho de 2008

Reminescences Of a Blogger

A idéia desse blog tem sido servir de referência às minhas próprias análises e dar uma idéia a uma ínfima parte do universo de investidores a respeito do que é e o que não é a technical analysis. Quem acompanha as mensagens no blog desde sua criação pode ver que sugeri o fundo de um selloff terrível em janeiro desse ano e o topo do mês passado, que questiono idéias aceitas passivamente (a tese da "correção saudável", etc.). Sugerir, muito disfarçadamente, é o máximo que me verão fazer por aqui. Por isso jamais esse espaço será um sucesso comercial. A maioria das pessoas tem predileção por dicas e ilusões para ofuscar a dura realidade. Aqui não as encontrarão (daí até minha preferência por análises de ativos que não são negociados na Bovespa). Aqui poderão encontrar formas de compreender o ebb-and-flow do mercado e não decorá-lo.

Sobre dicas há um quote de Livermore que será verdadeiro enquanto o ser humano estiver sobre a face da Terra:
"The average man doesn’t wish to be told that it is a bull or a bear market. What he desires is to be told specifically which particular stock to buy or sell. He wants to get something for nothing. He does not wish to work. He doesn’t even wish to have to think."

sábado, 14 de junho de 2008

Rashke's Lesson Applied

Ocorreu-me registrar na prática a aplicação de algumas das observações de Ms. Raschke no livro comentado abaixo. O chart em questão é o do IShares Emerging Markets (EEM) em 60 min. Charts são fractais. E, portanto, as mesmas características se repetem em qualquer timeframe. A premissa faltante ("A trend is more likely to continue than reverse") só encontra seu melhor momento de teste quando o price action se aproximar da linha de tendência de baixa (l. amarela tracejada). Note-se que o conjunto dessas 4 características é o resultado da interação emocional dos players. A essas quatro acrescentaria mais uma. Volto ao assunto em uma próxima oportunidade.

* Nota: Preteri o IShares Brazil como exemplo porque há uma grande distorção na barra de volumes - causada pela concessão do primeiro IG das agências de risco -, o que prejudicaria a observação de volumes climáticos.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

New Thinking in Technical Analysis

Trata-se de um livro lançado em 2000 - portanto, nem tão novo assim - que considero um must na prateleira de technicians. É uma coletânea de artigos de autores consagrados reunida por Rick Bensignor. Não considero um livro para principiantes, mas é um excelente brush-up para os mais experientes.

De todos os artigos, um da autoria da renomada Linda Raschke me parece resumir a essência do market timing. Guiar-se por essas observações deve garantir 75-80% de chances de acerto no timeframe examinado. Reproduzas-o abaixo:

"General Principles of Price Behavior:
  1. A trend is more likely to continue than reverse;
  2. Momentum precedes price;
  3. Trends end in a climax;
  4. The market alternates between range expansion and range contraction;"

Surprised At Short Term Weakness?

Quem acompanha esse blog não deveria estar tão surpreso: That Thang is Kinda Toppy... Escrevi isso em um sábado, depois de 2 pequenas quedas a partir do topo histórico do Ibovespa. Na ocasião jornais televisivos e mídia escrita estavam ainda embriagados com as concessões de graus de investimento a Pindorama e os sucessivos recordes de pontuação do Ibovespa.

* Nota: A menos que expressamente ressalvado, os comentários sobre tendências, etc. se referem sempre àquela terciária.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

The Linear Mind (Again)

Em março escrevi sobre a predominância do raciocínio linear dos investidores comuns da bolsa no post The Linear Mind. Recomendo uma releitura. No entanto, a meu ver, a opinião de nenhum dos talking heads da Bloomberg ou do Infomoney é mais precisa do que a de um investidor médio.

Lembrei-me dele quando vi outros blogs tentando "adivinhar por extrapolação" na sexta-feira o que aconteceria hoje com o Ibovespa. Ora, o price action nos mercados emergentes parece seguir a performance das commodities. Ora, as averages yankees. Ora, algo híbrido entre esses dois mercados. Se já é difícil apontar correlações em timeframes mais longos, imaginem a de um dia...Percebam que quando analiso determinado price action não extrapolo os resultados obtidos para um outro mercado. Fazê-lo seria uma tolice. Afinal, muitos outros já tentaram.

Para quebrar a modorra desse post anexei o chart acima do Brazil Ishares, que fala por si. Look before you leap...

sábado, 7 de junho de 2008

Shocking Friday in US Markets

Charts são um excepcional campo de aplicação das finanças comportamentais (behavioral finance). Refletem fielmente o sentimento dos players.

O price action de quinta-feira em Wall St. desfez rapidamente sentimentos bearish. Mercados fecharam perto das máximas. Tipicamente players mais agressivos montam posições compradas na hora final do pregão assumindo a continuação no dia seguinte (follow-thru).
No dia seguinte futuros yankees amanheceram bem no vermelho. Tamanha reviravolta é incomum e choca profundamente traders. Bulls esperançosos do dia anterior passam a segurar de imediato posições perdedoras, já que a abertura se deu abaixo do fechamento anterior. À medida que a perda se aprofunda, cresce o ímpeto vendedor. No final do dia todos os short term bulls são expulsos do mercado. Basta ver os volumes das últimas horas no Diamonds (proxy do Dow Jones Industrials) e a explosão nos índices de volatilidade.

Momentos extremos de bearishness e bullishness não se mantêm com consistência. Por isso a segunda-feira deve ser um dia de trégua. Continuo com um sentimento bearish, no entanto. Charts never lie.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

CRB Index - I Told You So...

CRB did bounce off the uptrendline! A valorização fenomenal nas commodities fez contrapeso ao forte selloff nos mercados yankees, impedindo que o Ibovespa devolvesse toda a valorização do dia anterior. O price action no CRB hoje mostra aos technicians o perigo de "decorar" padrões gráficos. Lembrem-se: Price is king. O rompimento da "bearish" wedge (cunha "baixista") na direção inesperada choca os short-sellers (descobertos) e estimula novos bulls.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

CRB Index - Bouncing Off A Support?

Hoje o índice de commodities mais utilizado ricocheteou na LTA. Uma das premissas da Dow Theory nos diz que a trend is more likely to continue than it is to reverse. Nesse caso, bom para os EMs mais sensíveis aos seus preços.

Propositalmente ressaltei um traçado sugerindo uma possível "cunha de baixa" (bearish wedge) em desenvolvimento. Padrões reconhecidamente bearish quando falham provocam grandes reações em sentido contrário. Então, nada é possível afirmar a não ser que a uptrendline foi obedecida. Dada a maturidade do rally no CRB convém dobrar a atenção.

A Piece of Advice For ST Players

Para os que se sentem atraídos por operações de curto prazo, o tal risk management é fundamental. Um mau gerenciamento de risco pode comprometer seriamente um bom trading system, impondo ao trader sérios drawdowns. Ocorreu-me abordar o tema hoje depois de ver os papéis ON da Eternit caírem mais de 30%, por conta de uma uma decisão do STF.

A fim de diminuir a exposição ao risco específico convém seguir algumas regras. Evite:
  • atuar comprado em papéis de empresas cuja boa parte do faturamento se ampare em benefícios fiscais temerários ou polêmicos (vide Positivo) e/ou cujos produtos passem a freqüentar de vez em quando o noticiário na condição de possivelmente prejudiciais à Saúde Pública (vide Eternit);
  • comprar papéis de empresas cujo CEO admita estar examinando a compra de outra empresa;
  • comprar às vésperas de divulgação de resultados trimestrais.

Claro que a lista não é exaustiva. Mas seguindo esses conselhos você dificilmente se transformará no folclórico trader que virou investidor de longo prazo porque entrou no dia errrado.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Bears To Get A Second Wind

O setup de Rio mostrado acima sugere um dia ou dois de rebound. No entanto, o momentum é nitidamente bearish. Acredito que exista ainda um bom downside já que estamos longe de presenciar volumes climáticos. Ou seja, muitos weak-hands ("mãos fracas") ainda se sentem confortáveis com os níveis de preços atuais, ainda emocionados com a concessão do IG. Além disso, o número de acessos ao blog ainda não atingiu o ápice. :)

* Nota: Utilizei Bollinger Bands de 50 períodos para valorizar os tags (toques) em seus limites. A tradicional de 20 períodos forneceria mais pontos de entrada/saída mas de menor amplitude de movimento.

** Update de 04/06 (manhã): Abertura fraca...make no mistake. Bears are at the helm.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Oscillators 101 - Rio (15 min)

Osciladores não funcionam em mercados em tendência (trending market), gentlemen. Percebe-se isso no lado esquerdo do chart. Por outro lado, o Estocástico deu sinais eficientes de compra e venda de Rio (ADR Vale) no lado direito em um mercado de lado (trading market) contido entre 39,50-41,00.

Neófitos em technical analysis o que fazem? Usam osciladores em mercados de volatilidade crescente. E acabam concluindo que não funcionam (!?). Of course! Então a partir de quando passam a funcionar? Essa resposta está relacionada ao nível de volatilidade no timeframe examinado. Volatilidades altas ensejam consolidações. Baixas, início de tendências. Tipicamente o que pode ser alta para papel A não é para B. Daí a necessidade de especialização do operador. Antes de terminar, uma observação: Não haverá nenhum indicador milagroso que irá funcionar a qualquer tempo. Mas, claro, os vendedores de revistas, livros, cursos e newsletters lhes dirão o contrário.

domingo, 1 de junho de 2008

How long is long-term?

"How long is long-term? It's probably longer than you think." (M. Hulbert)

Mark Hulbert - fundador da Hulbert Financial Digest - acompanha 160 newsletters financeiras desde 1980. É o autor da frase acima que deu origem a um artigo seu. A princípio pode denotar certo desdém pelo "longo prazo". Mas não se trata disso.

Em um outro artigo excelente de março de 2005, How long is long-term? It depends ..., o analista desvenda que horizonte de tempo deve ser levado em consideração para se avaliar a perfomance de um gestor. Antes desse período, retornos estelares de determinados portfolios podem ser resultado do acaso. Por meio do monitoramento das newsletters acompanhadas, chegou a uma conclusão consistente. O resultado talvez não surpreenda adeptos do Value Investing, mas provável que isso não ocorra com aqueles guiados por outras filosofias de investimento. Afinal, quão longo é o longo prazo de acordo com a HFD? Não vou estragar o suspense. Remeto o leitor ao próprio artigo no link acima.

A meu ver, esse estudo curioso de Mark Hulbert é fundamental para o investidor (individual ou cotista). Sinto, por exemplo, que o tal "longo prazo" tem sido usado banalmente por corretoras e analistas, principalmente por meio de disclaimers de rodapé, para justificar performances medíocres de suas carteiras recomendadas. E o mais curioso é que no mercado nacional de fundos poucos deles conseguem atingir o período de observação proposto por Hulbert. Agora faço meu disclaimer: não sou especialista nessa área. Quem se dispuser a comentar minhas observações pode fazê-lo à vontade...