Classificação de padrões de candle não depende de linhas de S/R, níveis de acumulação, etc. Conceitualmente um "engolfo de baixa" só aparece em uma uptrend. Não há como pensar em padrão de reversão se não há o que reverter, como no caso acima. Embora o candle mostrado seja bearish, é incorreto se falar em "engolfo" strictu sensu.
Well, er, What Do Readers Get Here? No Hindsight. No Bullshit. No Charlatanism.
DISCLAIMER
sábado, 30 de agosto de 2008
Candlestick Quizz
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
RTP: Textbook Reversal Pattern Worked!
Observem que vários elementos gráficos no ativo em estudo e em outros geralmente se combinam para reforçar sinais. Qualquer technician mais afoito poderia ter interpretado os vários gaps feitos na queda como padrões típicos de reversão e ter sido "estopado" ladeira abaixo.
Fear Is In The Air
Um bom sinal para os short-term bulls. :)
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Common Sense Breeds Mediocrity
Food for thought: Uma reação do price action a determinada região é medíocre porque é de domínio público ou é de domínio público porque é medíocre?
Vejamos o outro lado da moeda. A queda a partir do topo histórico do Ibovespa foi intensa porque se apresentou totalmente contrária ao senso comum. Polianas achavam que os preços só iriam decolar mesmo depois do investment grade. Technicians compradores inveterados de breakout se estabelecem confortavelmente acima dos 66 k, topo anterior. Fundamentalistas que cultuam o último balanço trimestral não viam motivos para vender. Voilá! Pow!
Amplamente esperada foi a chegada do Ibovespa aos 53 k, único suporte visível. À medida que a região se aproxima, grande parte do mercado começa a se articular. Posições defensivas são desmontadas, etc. e tal. Locadores de papéis começam a recomprar. O sentimento de mal-estar e rebordosa ainda são reinantes, no entanto. O price action ainda é errático porque qualquer ganho é rapidamente realizado ("I am winner!!"). Muitos perdem dinheiro ao achar que "agora vai". E se perdem em ativos com movimentos quase aleatórios de um dia para o outro. Comprar um fundo é bem mais complicado que vender um topo. É provável que a partir dessa região no Ibovespa saia alguma oportunidade de compra para timeframes curtos. Mas a própria grande previsibilidade da subida acaba com a possibilidade de que se crie momentum significativo.
domingo, 24 de agosto de 2008
Put Your Money Where Your Mouth Is
Uma outra pergunta: qual o empenho que um analista mostrará se menos que 5% de seu patrimônio pessoal está vinculado àquele ativo? Um, dois ou três por cento é relevante? Curioso como o fato dos analistas não participarem com parte significativa de seus patrimônios pessoais é visto como condição necessária de lisura e imparcialidade na análise e não como ingrediente subliminar de omissão e desleixo. À medida que mais newsletters orientam-se a prazos de investimento mais curtos, não deixa de ser um contra-senso. Essa discussão deveria ser reaberta pela CVM.
Alguém poderia me perguntar: "Mas, Fact, se o camarada possui grandes posições de seu patrimônio ele não pode assumir a outra ponta da recomendação dele?" Pode, mas deveria deixar isso oficialmente registrado perante a CVM. E, na terceira vez, que isso ocorresse teria, p. ex., um processo administrativo aberto para apuração de responsabilidades. Razoável, não? Como o sujeito faz 3 recomendações de compra em três épocas diferentes e dias depois vende essas ações de seu potfolio pessoal? Essa sistemática seria bem mais eficiente que a atual.
Pensei em escrever sobre esse assunto quando há uma semana vi uma newsletter de top picks do mês da Corretora Paulista "Sonabo" (nome fantasia). Depois de um selloff horrendo de Petrobrás e de um rally (compreensivo) dos ativos do setor elétrico, o analista recomendou o quê? Bingo! Venda de PETR PN e compra de CMIG PN. Só pude imaginar que o aprendiz de Livermore realmente não tem mais de 5% seus na reta. A dor do dinheiro perdido é o maior dos nossos professores. Dias depois, o inevitável ocorreu: papéis de elétricas cederam e as de energia se recuperaram. A newsletter, mais uma vez, irá "performar" pior que o Ibovespa esse mês. E la nave va...
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Short-Term Perspective For Rio Tinto
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Twins
O price action de ambas é incrivelmente parecido. Estão sujeitas às mesmas grandes forças do mercado. São papéis de empresas maduras, analisadas 24 horas por dia por centenas de analistas de bancos, insiders e investidores ao redor do mundo. Daí, é altamente improvável que você, caro amigo, consiga lucrar com uma informação "quente" dessas empresas ou de qualquer outra big cap. No momento que você souber o que está acontecendo, a informação já terá sido precificada. Guarde sua visão "raio-X" para a análise de negócios daquela empresa small-cap, meio desconhecida, cujos papéis exibam uma meia dúzia de negócios/dia.
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Emerging Or Submerging Markets?
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Farrell's 10 "Market Rules to Remember"
domingo, 17 de agosto de 2008
sábado, 16 de agosto de 2008
Prices Move First
Comentei esse episódio porque fico atônito com os inúmeros analistas e investidores exultantes com os últimos resultados trimestrais das empresas de Pindorama. Só que como nos lembra Murphy, os mercados atuam como leading indicators da economia. Vejam em Wall St. que os topos recentes foram feitos em um momento em que os investidores estavam reticentes em aceitar que os CDOs subprime afetassem a economia real. De maneira análoga, vejo uns investidores mais experientes dizer que há papéis extremamente baratos na Broxespa. Ouvi dizer, inclusive, que as siderúrgicas estão tão atrativas quanto estavam no período 2000-02 (!?) Wait a minute...Quer dizer que dois meses de baixa anularam cinco anos de alta e jogaram seus múltiplos a patamares vis? Será que os entusiastas do P/L acham que só o numerador desse indicador fundamentalista se altera? Será que os investidores se esqueceram de que é possível que P/VPA se mantenha próximo de 1 por muito tempo ou são filhotes do bull market?
Enfim, esse espaço virtual tem como foco o futuro. O passado já é o assunto preferido de centenas de blogs, sites financeiros e balanços trimestrais. O passado não dá dinheiro. E, por isso, algumas passagens de meus posts podem soar alienadas e descoladas da realidade. Bem, se isso ocorre, é sinal de que minha filosofia de análise segue coerente. Nunca me senti à vontade nos braços do povo. :)
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
EMs - The Truth Is Out There (by X-Files)
Mas não se preocupem. No longo prazo os mercados sempre se recuperam. O índice da maior bolsa canadense (Toronto Stock Exchange Index), por exemplo, levou breves 5 anos para retornar ao seu pico histórico nominal verificado em meados de 2000. Em termos reais, levou um pouco mais de tempo. Afinal, vendo as imagens de Pequim não parece que as Olimpíadas de Atenas foram ontem? :)
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Peeking Over Fact's Shoulders
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"A semana não foi boa para o mercado secundário de ações do Brasil, sacrificado pela performance ruim das ações líderes dos segmentos de petróleo, mineração e siderúrgico, exatamente empresas que guardam boas perspectivas para o ano em curso..."
(Por que guardam boas perspectivas? Números atuais não significam muita coisa para o mercado, que vive de expectativas)
"...A explicação está contida na forte queda de commodities metálicas e petróleo durante toda a semana e na ponderação elevada dessas ações no índice Bovespa. O dólar mais forte em relação ao euro e ao iene, associado aos temores de que as economias asiáticas e européia desacelerem, foram os principais motivos para a queda das commodities."
(Há várias falsas premissas aqui. As commodities estão caindo desde o final de junho, época em que escrevi Fact On Contrarianism - part II. Outra coisa: o movimento do dólar foi claramente posterior à queda das commodities. Um movimento reflexo, portanto)
"A situação ficou ainda mais clara depois do discurso do presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, que manteve juros em 4,25%, dizendo que o terceiro trimestre será ruim, e em seguida à divulgação do PIB da Itália em queda de 0,3%. Na semana o BOE (BC inglês) também manteve os juros básicos em 5%, o mesmo aconteceu com o Fed que deixou a taxa básica no patamar de 2,0% e a de redesconto em 2,25%."
(Não houve novidade alguma em nenhum desses dados. Todos previamente precificados)
"A semana promete ser complicada não só pela agenda extensa e importante, como também em função dos vencimentos nos mercados derivativos de índice e preparação para o de opções que encerram respectivamente em 13/08 e 18/08."
(Toda a semana é repleta de indicadores [os chamados "economic numbers"], pelo menos)
"Como sempre ocorre o período é marcado por volatilidade ampliada, em função da necessidade dos agentes de manterem suas estratégias."
("Sempre" e "nunca", como disse outro dia, são palavras proibidas em mercados que seguem a lei da oferta e demanda. O analista não sabe o que fala. Freqüentemente temos semanas de vencimento com volatilidade reduzida.)
"No mercado internacional, teremos indicadores importantes como: saldo comercial e resultado das contas do governo americano, seguido do CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês), vendas no varejo, estoque nas empresas, produção industrial e indicadores de atividade de Feds regionais; além do sentimento do consumidor de Michigan. Na Europa teremos o PIB do trimestre da Alemanha e França."
(E teremos também a divulgação do PIB de Angola e das Ilhas Marshall)
"O índice Dow Jones encerrou o período indicando melhores chances de evolução, já que conseguiu superar a zona de resistência em 11.700 pontos. Caso seja mantida dará maior chance de recuperação, podendo influenciar outros mercados, inclusive a Bovespa. O Dow Jones ficará melhor se superar 11.900 pontos..."
(A menos que o público-alvo do informativo opere charts de 5 ou 15 min, essa análise é nonsense. Vide post de ontem)
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Some Recap From DJIA In January
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
A Major Turning Point Ahead - II
Uma dos aspectos mais fascinantes dos mercados financeiros globais é o seu entrelaçamento. Todos os principais mercados mundiais de livre oferta e demanda se relacionam (currencies, equities, bonds, commodities). Não é uma engrenagem perfeita, já que os movimentos não são feitos em sincronia. Mas é de impressionar como movimentos exagerados em uma direção geralmente são corrigidos (mean-reversion), restabelecendo o equilíbrio. O price action continuamente se alterna entre equilíbrio (low vol) e desequilíbrio (high vol) em todos os timeframes.
A volatilidade de LP baixa no USD Index, mutatis mutandis, é a mesma vista nos EMs em relação à Wall St. Em poucas palavras, os preços relativos entre uma e outra praça estão em uma situação de equilíbrio que não deve durar muito tempo. Faço uma analogia das áreas de baixa volatilidade com aquelas de equilíbrio instável estudadas em Física. Basta um peteleco para que se movimentem rapidamente em uma direção. Petelecos são chamados de triggers por technicians e de catalisadores por fundamentalistas.
Quando falo em major turning point me refiro a um ponto de inflexão que pode trazer conseqüências palpáveis por meses ou anos. Reconhecê-los é uma poderosa arma no risk management. A maioria dos investidores, mesmo os mais experientes, não o faz.
* Nota: Hoje DJ Industrials subiu 2,65%. E o Ibroxespa caiu 0,76%. O proxy do Ibov na NYSE caiu 1,71%. Ou seja, Brazil caiu 4,36% relativamente à Wall St. Um tombo significativo! Não esperem que essa análise seja feita pela mídia ou pelas corretoras...
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
A Major Turning Point Ahead?
A volatilidade possui ciclicidade muito maior que a dos preços. Infelizmente é um assunto ignorado nos cursos vapt-vupt de análise gráfica. Notícias específicas de empresas e eventos de repercussão macroeconômica têm seu efeito potencializado em áreas de baixa volatilidade. Os investidores atribuem essas mudanças bruscas de preços às notícias em si sem perceber o cenário em que os preços estão imersos. O conhecido analista John Bollinger criou a famosa frase "high volatility begets low volatility and vice-versa".
Gosto muito de uma outra - dessa vez de Alan Farley: "the chart knows the news is coming". Em suma, não faço parte do jetset de Wall St. para saber qual será o trigger que fará a volatilidade de longo prazo aumentar. Mas não possuo lá muitas dúvidas acerca da direção que o USD Index irá tomar. A propósito, o MSN Money publicou um artigo especial que ainda está fresquinho "The Incredible Plunging Dollar".