Recentemente escutei uma entrevista de um conhecido analista norte-americano, especializado em Dow Theory e ciclos. Ao interlocutor revelou uma das questões para as quais ele nunca encontrou explicação, mesmo após anos e anos de experiência:
Alguém com problemas legais procura auxílio de advogados. Quem está com dúvidas na declaração de imposto de renda irá procurar a Receita Federal ou um contador confiável. Quem acha que está com um problema de saúde irá procurar um médico. E em todas essas situações o consulente, o contribuinte ou o paciente irá retribuir por esse serviço mediante uma contribuição pecuniária. Por que o investidor primeiro se lança de cabeça no mercado de renda variável, quebra a cara e depois procura educação financeira? Por que o investidor acredita que achará informações úteis, descobrirá nuances importantes etc. sem pagar por isso na Internet? Por que o investidor procura maneiras de quebrar acessos restritos, reparte senhas com meia dúzia, dentre outras coisas?
Àqueles que se inscreveram para assistir à minha exposição no final do ano passado e aos amigos procurei retribuir com curtas newsletters semanais que possuíam análises de consumo imediato. Ou seja, valiam dinheiro! Vejam a última delas (aqui). O que vos faz pensar que divulgaria essas informações de graça aqui? Pior, da minha observação posso dizer que o público sempre desdenha informação gratuita. Os dois calls da última newsletter mostraram-se precisos, apenas dias depois. Meu objetivo aqui sempre foi estimular a reflexão dos leitores e ensinar-lhes a enxergar o ebb-and-flow dos preços. No entanto, esses anos me mostraram que estou enganado. A maioria sempre irá preferir pegar o peixe já capturado, se possível, de graça.