O limite de endividamento dos Estados Unidos nasceu em 1917 com o Second Liberty Bond Act após a gastança desenfreada provocada pela Primeira Guerra Mundial. Desde então, quantas vezes o teto da dívida yankee foi aumentado? 10 vezes? Errou feio. 50 vezes? Vai subindo. 100 vezes? Quase lá...102 VEZES.
Os veículos de comunicação tem duas alternativas diante do impasse político vigente:
1. Dão relevo ao acontecimento "inédito". Estimulam a visita de leitores surpreendidos com manchetes apocalípticas. Traumatizam a opinião pública. Anunciantes ficam felizes com o pico de acessos ao seus conteúdos pagos. Analistas econômicos vinculados são convidados a comentar o assunto na CNBC, na BBC, na Globo News, etc. Ontem fiquei estupefato quando soube que irá ao ar, em 02/agosto, um programa chamado CRISE AMERICANA. Supostamente haverá live broadcast de correspondentes nos EUA. Enfim, uma ode à prostituição midiática. No entanto suspeito que o redator será forte postulante a algum prêmio jornalístico de Pindorama; OU
2. Informam, p.ex., o número de vezes que o teto foi aumentado; que em meados da década de 90 o Tesouro americano por vários meses não conseguiu aprovação do Legislativo para aumentar o endividamento; quais as disponibilidades de curto prazo do Tesouro dos EUA (que já estão sendo usadas desde meados de maio/11 [vide chart abaixo]). Consequência dos atos do redator do jornal: O número de acessos cairá. Menos unidades de jornal serão vendidas nas bancas. Anunciantes ficarão insatisfeitos E, a continuar essa linha editorial, os seus responsáveis cedo ou tarde ganharão o bilhete azul. Logo, parece-me que a alternativa 1 seja a mais adequada.