Einstein foi um "fora-de-série" no ramo da Física. Pelé, no futebol. Bobby Fisher, no xadrez. Exemplos são inúmeros. Em toda atividade humana a coletividade reconhece performances de indivíduos muito acima da média. Na grande indústria de fundos yankee - a maior e mais competitiva do mundo - alguns managers se notabilizaram pelos retornos expressivos no valor das cotas de seus fundos, bem acima dos benchmarks de mercado (geralmente o S&P500).
Bill Miller, Chairman e CIO da Legg Mason Capital Management, tinha sido um deles. De 1991 a 2005 obteve retornos que o colocaram entre a nata dos portfolio managers. Mas a magia se foi. Seu Legg Mason Value Trust mutual fund até junho de 2008 havia perdido quase 30% de seu valor. Isso antes da débâcle do dueto Freddie-Fannie. O LMVT era o maior acionista de Freddie Mac (vide necrológio acima). Não entrarei nas possíveis premissas adotadas por Bill para entrar em posição tão especulativa. Nesse caso, o que me chamou a atenção foi o fato do gestor ser adepto do value investing, escola de investimento criada por Benjamin Graham e seguida por Warren Buffett.
Outro exemplo notável de mácula na gestão de portfolios vem de ninguém menos que George Soros. Segundo a Guru Focus, adquiriu 11M de ADRs de PBR ao preço médio de US$65, posição que influencia quase 33% do resultado do portfolio. Acredito que a maioria dos investidores de primeira viagem tenha comprado PBR a preços melhores. O bloodshed não pára por aí, pois ações do Lehman Bros. (LEH) representam aprox. 7% de seu portfolio. Considerando o PM de US$37.1 e o fechamento de ontem: 80% de perdas. Soros recentemente virou notícia ao publicar um livro justificando a gravidade da crise atual. Portanto, sou incapaz de compreender decisões de investimento como essas.
Dessa crise do sistema hipotecário yankee emergirão novos superstars. Certamente alguns enriqueceram "shortando" CDOs e ativos correlatos. Assim como outros serão enterrados, se isso serve de consolo para os que me lêem e estão amargando perdas consideráveis. Como nos lembrou KB no Trading in Blog: "Mas não pense que o pato é somente o pequeno". Às vezes são bem grandes.
7 comentários:
John Paulson (Paulson & Co., Inc) e Philip Falcone (Harbinger Capital Partners) foram dois managers que ganharam muito dinheiro ano passado ficando short em CDOs.
Tudor Jones também. A lista do que ganharam acima de US$100M deve ter uns 10 nomes
Eu ganhei 5 reais vendendo Vale esse ano, quero saber quando é que algum representante da impren$$a vai me entrevistar!
:D
PS: Algumas das operações citadas no post são tão complexas, que é necessário algum Phd para compreender a essência delas.
Pagar $65 em PBR é só para gênios!
A imprensa só gosta de quem tá na Lista dos 400 da Forbes :)
Senhor Fact
estou ofendido; citou o Soros e não me citou, como não notavel.
a uns quarenta anos atraz treidava opiças na Bozzano Simonsen
e tudo que Mr. Júlio mandava seus corretores me sugerir, eu fazia
...e NÃO NOTEI, nada, nadinha, de errado nisso...
BUT, verdade se diga, quase QUEBREI.
Complete:
sardinha <> tubarão
pato <> ...
1. "Calls" começaram a ser negociadas em 1973, Aprendiz. "Puts" (ou putz!), em 1977. :)
2. Leo, avestruz? rs
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