Well, er, What Do Readers Get Here? No Hindsight. No Bullshit. No Charlatanism.
DISCLAIMER
sábado, 27 de dezembro de 2008
Bullish Consensus By Market Vane
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Some Thoughts Amid Year-End Doldrums...
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Visits Of M. by F. F. "By Country"
Learn How To Read The Markets
- TED Spread cede seu passo abaixo dos 2%, enquanto oHY Spread entrou em trajetória parabólica (hat tip to Samuel). É bastante natural esperar que sigam mais ou menos a mesma direção. E em um momento isso ocorrerá. Quando? Nunca se sabe. Resumindo: o cenário menos crítico da taxa Libor não encontra eco (ainda) no sistema de financiamento de empresas com ratings de crédito que não sejam uma "Brastemp";
- Yields dos Treasuries com rendimentos reais negativos sugeririam cenário deflacionário. Mas o price action dos TIPs mostrou uma acentuada reversão. Afinal, inflação ou deflação? Há vários fatores de curto prazo que tendem a deprimir yields. E talvez o menor deles nesse momento seja uma expectativa de deflação. O chart acima mostra essa contradição entre a expectativa embutida nesses ativos, que se acentuou em dezembro.
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
DJIA In December: Another Correct Call
Unwinding Carry-Trade II
Um throwback na moeda japonesa poderia estimular apenas um dead-cat bounce no mercado de equities yankee.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Conflicts Of Interest et Alli
Na era do amplo deleveraging e crise de confiança no fiat system, a tendência é que conflitos de interesse entre profissionais de mercado e clientes aumentem. Não confudam opiniões contaminadas por esse conflito com aquelas apresentadas na Globo News ou no Jornal Nacional, por exemplo. Nesses veículos os profissionais (geralmente economistas e consultores) aparecem somente para justificar por que determinado preço de ativo subiu ou caiu. O público leigo é intrinsecamente muito sensível a avaliações de gente de ternos estilizados e gravatas italianas aprumadas. Só para exemplificar, o AfterMarket alcançou o recorde de negócios em 16/12. Wow! A marca anterior havia sido registrada em 20/maio, logo depois da concessão do investment grade (IG). O giro intenso nesse contexto do price action denota otimismo, esperança e não capitulação. A realidade tem sido cruel com os teóricos da macroeconomia. Por outro lado, a análise da reação da manada é atemporal. Reações do Homem de Neanderthal diferem pouco da dos investidores leigos.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
2008: A Tragedy In 10 Steps
1. Você acreditou que os mercados iriam degringolar na metade de janeiro/08? Eu não.
2. No final de fevereiro ficou claro que o momento era de profit-taking e montagem de estratégias menos bullish principalmente para os swing traders. Confira o que aconteceu depois.
3. Você observou em março de 2008 que os mercados acionários estavam começando a puxar o freio-de-mão desde o ano passado ou estava acreditando naqueles 80 e poucos mil pontos da banca estrangeira para o final do ano?
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
DJIA: Keep It Simple Stupid
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
The Time Advantage
domingo, 7 de dezembro de 2008
Moment Is Deflationary but...
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Credit Expensive For Good?
Isso torna-se mais preocupante se considerarmos que as taxas de juros nominais nas economias dos EUA e da Europa estão em "multi-year lows". Ou seja, a partir de determinado momento a influência da política monetária será nula. E o instrumento expancionista mais utilizado no pós-Guerra terá se esgotado. Em um ambiente deflacionário desse cash is king, já que a aquisição de assets tende a ser um investimento perdedor. Os preços delas são declinantes.
O chart acima mostra como uma queda abrupta da Libor - abaixo da área importante de 2,50% - não se traduziu em normalização do Ted Spread em patamares considerados normais. A explicação, claro, está no fato de que yields de curto prazo (Treasuries Notes) despencaram ainda mais.
Order Amid Chaos
Esse tipo de acompanhamento é fácil e eficiente. Bull markets mostram (quase sempre) EMs com força relativa superior a mercados de economia mais madura. Nitidamente percebemos na imagem acima o contrário.
domingo, 30 de novembro de 2008
Bulls, Bears And Pigs
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
''Aracruz sabia das operações com derivativos'' - II
O que se extrai de útil desse episódio? Se o leitor não compreende o mindset por trás das decisões de negócios, jamais entenderá por que muitos core businesses promissores não seguem adiante. Hoje em dia prefiro conversar com psicólogos a engenheiros.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
''Aracruz sabia das operações com derivativos''
Isac Zagury afirma que as operações eram de conhecimento de acionistas e da Administração da empresa. Alguém duvida de que não esteja falando a verdade? É possível que contratos dessa magnitude não sejam de conhecimento de comitês e Diretores? Com um pouco de bom senso, é possível chegar a alguma conclusão.
Um segundo ponto - que me causou espécie - foi saber que os bancos limitam suas perdas nesses contratos de "sell target forward", mas não limitam o tamanho do nabo do cliente. Genial! Já examinei contratos de pessoa física de swaps de dólar em bancos de varejo e não encontrei limitações de nenhuma parte, à exceção da necessidade de depósito de garantias quando a perda do cliente atinge determinado percentual.
O terceiro ponto - e é esse que me interessa - é ver que até hoje sobrevive o fato de que a explosão do greenback foi imprevisível, obra do acaso ou de Satanás. Passada a avalanche, é bem provável que a única preocupação das partes atingidas seja acionar ou se defender em aventuras judiciais. Descobrir por que ocorreu o grande prejuízo é desnecessário. Logo, minha conclusão é de que - caso se embrenhem em novas operações com derivativos - terão novos prejuízos. Esse comentário serve também para as demais empresas que se aventurarem nesse tipos de contrato sem contar com expertise.
Os 30 anos do Sr. Zagury no mercado não lhe serviram para muita coisa porque faltou-lhe expertise específica sobre price action nos mercados de livre negociação. Simples. O conhecimento específico em análise quantitativa e técnica é eficiente no gerenciamento de riscos. De vital importância é evitar as perdas e não auferir ganhos magistrais, principalmente em uma empresa cuja atividade operacional principal não seja a financeira. Posições vendidas de dólar - na minha opinião - já deveriam ter sido evitadas no início de 2008 por conta dos níveis de volatilidade de longo prazo baixíssimos então. Posições alavancadas em conjunturas desse tipo devem ser evitadas ou suavizadas. Um ambiente menos agudo seria o de alta volatilidade - como o atual - no qual o price action se alterna em uma e outra direção. Na baixa volatilidade, se o operador alavancado erra a aposta, ele está morto. Neste cenário, a reversão só ocorrerá um bom tempo depois, geralmente em um ponto inimaginável, fora do consenso do mercado. Os modelos VaR (Value At Risk) das empresas não funcionaram porque seus parâmetros-chave, do tipo "receita de bolo", se basearam em uma amostragem insuficiente de dados. Em suma, por eles a chance de uma reversão como a que foi vista era quase zero. E claramente o risco era palpável, pois alertei que uma reversão dramática estava à espreita...Enfim, folks, charts never lie.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Following In The Smart Money's Footsteps
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Money Flow To And From Big Caps in the U.S.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
2002 Lows: Bye-bye?
Preços não têm respeitado suportes teoricamente fortes. Passam como se não existissem (!). Claro sinal de deleverage, no qual as posições devem ser desfeitas a qualquer custo. O mercado de bens de consumo de "supérfluos" (por assim dizer) tem sido um dos setores leading no selloff, um dos sinais de que o fundo do poço ainda é invisível. A prioridade - como disse - é preservar o capital, principalmente o mental. Infelizmente percebo que essa é uma idéia demodé. Vejo investidores de primeira viagem bastante agressivos no atual estágio. Oh boy...
O que mais tem me impressionado é a quantidade de analistas predizendo que o fundo vai ocorrer no ano que vem...no primeiro semestre, no segundo, ou sei lá quando. Essa convicção - que no fundo denota esperança - me deixa cada vez mais no campo bearish.
* Várias empresas do atual SP500 já não possuem market cap (uns US$5bi, se não me engano) para fazer parte daquele índice. E esse número de párias aumenta a cada semana...
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
SWAPS: Gambling In Corporate Life
terça-feira, 18 de novembro de 2008
II Survey Is Out Of Service
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Nobody Really Hitting The Panic Button...
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Need A Reason To Stay On The Sidelines?
Industrials: Nothing New Under The Sun
Followup: Apesar do volume no daily chart estar ainda abaixo da média (não mostrado), houve uma distribuição em relação ao dia de ontem. Isso, claro, nunca é um bom sinal.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Markets Still Playing Defense
Pequeno followup: O chart acima é rico em informações. Uma delas é a que mostra perdas menores em 2008 para o nicho mais seguro dos mercados de risco: o das 30 empresas do DJIA (flight-to-quality). As perdas dos demais setores foram proporcionais ao seu risco, seguindo o padrão value-> growth, como se deveria esperar. Esse dado talvez choque alguns leitores que acham ser investimentos em blue chips de Pindorama um porto seguro. Questão de ponto de vista...o smart money acha que não é bem assim. Charts never lie.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Quick Look At DJIA
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Close Look On TED Spread On The Hourly - II
Close Look On TED Spread On The Hourly
terça-feira, 28 de outubro de 2008
The TED Spread Evolution
When More Is Less
O investidor de Pindorama pode ter uma exata noção do que falo ao assistir às entrevistas veiculadas por um conhecido canal de finanças, disponível em rede de TV por assinatura. A profusão de informações sem sentido e falaciosas é absurda. Em um dia um fato específico responde por altas. Nos dia seguinte, por baixas. E aqui ainda criticamos o finado Mad Money do Jim Cramer?! Jim falava abertamente "compre" ou "venda" aos traders, denotando o risco inerente das operações. Aqui os entrevistados abusam de mensagens subliminares cumprindo fielmente o roteiro prescrito pelos empregadores. "No longo prazo qualquer setor está muito barato." E daí? Até hoje nem eu nem Luiz Fernando Veríssimo sabemos onde ele fica. Hoje aprende-se mais sobre mercado bursátil na novela das 8 que lendo esse monte de lixo du jour travestido de notícia.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Mr. Greenspan Lost The War
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Comparison Between Bear Markets
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Value At Risk vs. Black Swans
Esse blog não é portal de notícias. Interessa-me mais perquirir a respeito das origens de um desastre e quem sabe outras empresas não continuem cometendo as mesmas tolices. Nos cursos de MBA de Dona Marocas ensina-se aquele tradicional modelo/sistema de gerenciamento de risco: Value At Risk (VaR). Fornece ao gestor a probabilidade de ocorrência de determinado evento (perdas, no caso) por um determinado período. Claro que a quantidade de dados passados (amostragem) é fundamental. O modelo conhecido exclui mercados anormais e trading (leia-se, traders atuando contra o modelo). Ora, não é o que estamos presenciando desde julho? Nassin Taleb, autor de Fooled By Randomness e de The Black Swan, é o crítico mais famoso do modelo. Classifica-o de charlatanismo, pois eventos raros (Black Swans) não podem ter sua probabilidade estimada.
Sobre o assunto prefiro ficar no meio-termo, junto com Aristóteles. Um amigo - diante das minhas fundamentações feitas nas postagens - alcunhou o Credit Crunch de Gray Swan, definição criativa com a qual concordo plenamente. Fosse um legítimo Cisne Negro jamais poderia eu ter apontado a iminência de reversões claras em alguns mercados, antes que se tornassem óbvias para todos. O mais impressionante é que empresas de capital aberto com faturamentos anuais na casa de milhões de reais não possuíam assessoria financeira ou pessoal especializado com qualificação suficiente que mostrasse a precariedade de seus sistemas de gerenciamento de risco para o momento.
Os charts de equities que vejo hoje em dia fazem lembrar os charts históricos de commodities agrícolas (soja, algodão, milho, etc.), tipicamente exibidores de blow-offs dramáticos. Alguns preços de commodities não voltaram nem próximos a seus topos históricos feitos há mais de 30 anos (soja, p. ex.) Minha conclusão é óbvia. A julgar do price action incomum, sou levado a crer que o processo de deleveraging ("desalavancagem") é um dos fatores, senão o principal, da débâcle atual dos mercados acionários e levará preços a patamares inimagináveis. Para terminar: preços só sobem ou caem. Quem sente algo é você.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
USD Index: Mother Of All Bear Traps
Lendo o que havia escrito acho que deveria fazer uma complementação. Vejo experts (respeitáveis por sinal) dizerem que esse rally não tem vida longa justamente pelo endividamento yankee cada vez mais pesado. E alguns estimam o teto desse rally em moving averages, bands, etc. Contudo, meus caros, razoabilidade é conceito desconhecido pelo mercado. Quem me lê sabe que não faço previsões. Aponto apenas pontos de inflexão (turning points) quando tenho evidências para tal. Dado o momentum forte é baixa a chance de que o bacalhau da Ceia de Natal fique mais barato que isso aí. :)
History Repeats Itself (With A Caveat)
Pra não ir muito longe recordo-me dos setores mais resilientes no Ibovespa durante o estouro da bolha da Nasdaq. Papéis do setor de celulose nos anos de 2000-2001 andavam praticamente na direção inversa a dos demais. Enquanto alguns setores foram massacrados, o de celulose forneceu os ganhos bem altos na época (mormente, papéis de Aracruz e Votorantim). Desde então, problemas crônicos assolaram o mercado dessa commodity. E aliado a uma infeliz conjuntura, com USD em um major bear market, ambos papéis entraram no ostracismo.
Conforme comentei anteriormente...comparar o bear market de 2000-2002 com o atual é inaceitável, sob qualquer aspecto. O price action daquela época, p. ex., nem de perto lembra o atual, que não fornece nenhum follow-thru ("continuação") de rallies até o momento nem em ambiente de extrema sobrevenda. No período citado acima era possível - com alguma expertise - aproveitar rallies a partir de regiões oversold que duravam dois, três dias. Às vezes, mais. Operações eficientes naquela época se mostram pouco proveitosas nesse momento. Mais um motivo para o aprimoramento constante, não? Uma coisa não mudou, no entanto. A estupefação diante do price action é a mesma, já que os mesmos players - trazendo à tona as últimas lembranças no arquivo mental - percebem um ambiente novamente desconhecido. E as lições aprendidas nesse bear market dificilmente serão de proveito em um próximo.
A única lição a ser aprendida em qualquer bear market é uma: play defense. Nesses períodos a prioridade é só uma: preservar o capital.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Flintstones vs. Jetsons - II
Pois bem...examinando os technicals poderia haver uma operação bem mais segura que simplesmente entrar em posições compradas em Petr PN, p. ex., nesse instante. A operação chama-se straddle, que consiste na compra de uma call (opç. compra) e uma put (opç. venda) com o mesmo preço de exercício (strike) e vencimento. Dentro de pouco tempo o mercado irá andar em uma direção. O operador não precisa adivinhar qual, já que ganhará em qualquer situação. A posição perdedora em uma das pontas será amplamente compensada pela vencedora na outra. A operação seria perdedora apenas se os preços do ativo-base (underlying) não se movimentassem durante o timeframe pretendido. Hipótese na qual ambas (call e put) perderiam prêmio, por causa da diminuição da volatilidade implícita e/ou da ação do theta (efeito do tempo). Claro que em Pindorama essa operação é uma ficção, posto que opções de venda não possuem liqüidez.
Bem...e la nave va.
sábado, 18 de outubro de 2008
BDI Hitting Main Street!
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Another Typical Week Of Expiration
Recentemente vi um comentário de um leitor em um blog reclamando da manipulação dos preços em semanas de vencimento. As pessoas são induzidas a tentar entender por que preços sobem ou descem. Para tudo deve haver uma explicação. Fundamentalistas ortodoxos são os maiores fãs de notícias. Estas tendem a dar aquele verniz de racionalidade de que tanto gostam.
Semanas de vencimento são atípicas porque nos dias que antecedem a expiração de contratos o mecanismo compensador do mercado torna-se mais potente. Este busca restabelecer o equilíbrio do conjunto das apostas de modo que o preço de exercício do underlying seja aquele que frustre a maior parte dos players. Outro dia fiz uma comparação com um sistema termodinâmico que sempre procura o estado de maior entropia.
Por isso a volatilidade da semana em curso em Wall St. foi típica. Nos movimentos de vai-e-vem a ação dos próprios players tenta encontrar o ponto de equilíbrio, geralmente a faixa de preços onde existe a maior concentração de contratos em aberto de puts (opções de venda) e calls (opções de compra). Fantástico mecanismo democratizador de ganhos e perdas. Nessa mesma linha de argumentação ficaria surpreso se as principais médias yankees fechassem com oscilações grandes amanhã.* O resultado frustrará a maior parte das sardinhas que se acotovelaram no aftermarket, considerando a última hora bullish do pregão de ontem (quinta-feira) e um hammer no diário como um sinal forte de compra.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Risk-Aversion Chart
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Whole Lotta Resistances in DJIA
* Disclaimer: Como sempre lembro que weekly charts devem ser analisados com mais consistência após o fechamento da última barra (leia-se, após o fechamentos às sextas-feiras).
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Haste Makes Waste?
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
A "V"- Type Bottom In A Bear Market?!
Uma informação que talvez não seja de conhecimento do Professor Schiller, economista conceituado e bottom-fisher nas horas vagas: a semana é de vencimento. Logo, convém não confundir algum short squeeze com pressão compradora. A essa altura, resta saber como está o ímpeto da segunda leva de bears. A probabilidade de que surjam cresce de maneira exponencial à medida que o price action se aproxima de importantes regiões de oferta, rompidas brutalmente semana passada. Quase certo que parte daqueles ainda com a batata quente na mão irá querer repassá-la.
sábado, 11 de outubro de 2008
Penny Wise And Pound Foolish
A confusão me abateu ao deduzir como a administração de empresas tão competentes em seus core businesses possam ser tão mal assessoradas em se tratando de gerenciamento de suas disponibilidades financeiras e/ou protegendo ("hedging") suas margens operacionais. Recentemente o portal de uma conhecida publicação mensal divulgou a estória fantástica de como a empresa DASA (Diagnósticos da América S/A) se livrou de prejuízos milionários em operação de derivativos de moeda. Isso porque tinham "assessoria" de grandes (ex-)bancos de investimento - os mesmos que esse ano enriqueceram ainda mais seus CEOs e quebraram seus cotistas e minoritários nos EUA.
Existem vários mitos que ainda sobrevivem no mundo dos investimentos, principalmente na mídia. Ocorreram-me dois. Um deles é acreditar que as pessoas mais aptas a analisarem mercados de ações (equities), de moedas, de commodities, etc. são os economistas. O mainstream nunca vos falou o que estava para acontecer ano passado? Economistas ortodoxos analisam obviedades depois que se apresentam. Basta ver o Jornal Nacional. Outro mito é que altos executivos de banco - muitos acompanhados por acrônimos fascinantes (MBA, CFA, PhD, etc.) - estarão vendendo serviços bancários mais úteis aos seus clientes que às instituições que dirigem. Como é que high-ranking execs circundado por dezenas de profissionais gabaritados não conseguem avaliar o risco de determinadas operações?
Um amigo ao ler o artigo sobre o episódio da DASA me escreveu um email elogiando o staff da empresa por ter reconhecido o alto risco. Really?! Em uma operação envolvendo eventos probabilísticos o risco pode ser definido como o desembolso/lucro a ser feito/embolsado ponderado pela probabilidade de determinado evento ocorrer. A reportagem menciona que a preocupação imediata tinha sido um eventual alto desembolso. De que adianta saber do desembolso se não tivermos a outra variável em mãos? Não me peçam para apostar mais que uma merreca quando a probabilidade estiver a meu desfavor. Empresas preocupam-se demais com seu core business e deixam - quando precisam de orientação - suas finanças em mãos suspeitas porque afinal é "assim que todo mundo faz. E esses negócios são uma caixinha de surpresas." Bullshit! Quem me acompanha sabe que deixei subentendido o risco extremo de se manter posições compradas em commodities, no final de junho, e vendidas em USD no início de agosto .
Para se avaliar a probabilidade de determinado evento ocorrer nos mercados de livre negociação é necessário recorrer a profissionais que estudam o price action por meio de metodologias consistentes e não a economistas ou bancos (os comerciantes). Mercados de livre negociação são o melhor leading indicator da economia. Ou alguém se esqueceu de que os major markets yankees começaram a cair dos seus 52-wk highs a partir ano passado? Afinal de contas, charts never lie
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Débâcle In Point & Figure Charting
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Cash Is King
terça-feira, 7 de outubro de 2008
What You Should Expect...
Em processos de reversão devemos esperar uma redução progressiva da volatilidade aliado a um price action benigno. Ocorre que aquela - apesar dos níveis estratosféricos - não se reduz. Leigos têm opinião contrária. Imaginam que dias de abertura forte nos mercados - depois de circuit breakers* acionados no dia anterior - são sinais de compra, quando na verdade são excelentes oportunidades de venda. Bottoms são fenômenos extremamente complexos porque envolve um "vai-e-vem" intenso (ebb-and-flow) na psicologia da massa.
A débâcle atual dos mercados - se avaliada pelos níveis de volatilidade - já é bem mais potente que o estouro da Bolha Dot Com na Nasdaq. Se imaginarmos que atingimos esse estágio em uma leg down apenas percebe-se que o potencial destrutivo do bear market que vemos é imenso**. Na época havia a percepção de uma bolha setorizada, hoje os mercados parecem ter perdido noção de precificação. Os preços correntes dos assets pelo mundo embutem uma combinação cancerígena de alavancagem e excesso de Ms (meios de pagamento), resultante de uma política monetária permissiva dos bancos centrais.
* A propósito, de que adianta circuit breaker se os negócios com ADRs na NYSE e a atividade lá continua normalmente? Só em Pindorama mesmo...
** Se quiserem comento sobre o assunto em outra oportunidade.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
sábado, 4 de outubro de 2008
An Update On the Classic Dow Theory
A Dow Theory - conforme preconizada por Charles Dow e sistematizada por Hamilton e Rhea - hoje encontra poucos adeptos conhecidos. Resume-se na premissa de que DJIA e DJT devem estar em sincronia. Quando isso não ocorre surge a "não-confirmação" (nonconfirmation) A crítica mais conhecida é aquela que diz ser a DJ Transportation Average anacrônica para os tempos atuais. No entanto, temos um bear market confirmado pela Teoria desde o final do ano passado.
Alguns analistas criaram algumas variações da teoria "original", inserindo outras médias. Um detalhe importante desta é que a chamada nonconfirmation não é um sinal inverso. Ou seja, não invalida o sinal anterior. Depois de um bom tempo analisei o comportamento do DJIA e do DJT a partir de uma postagem no Trading In Blog semana passada. Fato curioso está prestes a ocorrer: a continuação do selloff no DJT deixará novamente ambas médias em sincronia (in sync), algo que não ocorria desde o final do ano passado. Um bull market está muito longe de ser sinalizado pela DT: só em um rompimento das linhas amarelas por ambas médias (não necessariamente simultâneo).