DISCLAIMER


DISCLAIMER: 1. The risk of trading equities and/or derivatives can be substantial. 2. Any decision to purchase or sell as a result of the opinions expressed in this blog will be the full responsability of the person authorizing such transaction. 3. Past performance is not indicative of future results.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Sentiment Tidbit

Rally de março em Wall St. teve como companhia o rompimento da LTA terciária (tracejada) no índice de volatilidade. E agora a tendência se desenvolve ao longo da LTB cheia. 35 é região de demanda forte sob perspectiva mais longa. Anyway so far so good.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Interview With Fact Finder - III

- Boa noite, Fact. Bom tê-lo de volta. Nossa última conversa foi no meio do ano passado. Podemos começar?...Até onde pode ir bear rally em Wall St.?

- No caso do Industrials até a região dos 9k pts. não me causaria espécie. O sinal de alerta para a próxima perna de baixa deverá ser detectado mais facilmente com a ajuda dos internals e do sentimento. Sinceramente não acredito que os technicals convencionais serão de muita valia quando ela ocorrer. A reversão pode e deve ser rápida.

- Como assim? Poderia explicar melhor?

- Nos últimos anos a quantidade de pattern failures aumentou, cfe. mostrei em uma postagem falando sobre um artigo de T. Bulkowsky publicado na Revista S&C esse mês. Não é de admirar, portanto, que esse bear rally tenha surgido de um falso rompimento do fundo de 2002. Esses falsos movimentos forçam a capitulação dos últimos renegados e não são facilmente predizíveis usando os technicals baseados em momentum e volume. A esses devem se juntar outras informações.

- Como você vê os emergentes nesse momento?

- Esses mercados estão em uma região notória de oferta, não por acaso, originária do crash de outubro. E ainda há enorme incredulidade quanto a esse rally. Parece-me que deverá haver um movimento rápido para desmontar a armadura dos bears. Só assim haverá combustível para nova baixa. Quando começarem a questionar aqui e acolá se não já teríamos visto THE bottom desse bear mkt, será sem dúvida um sinal de alerta.

- Qual o perigo nesse momento?

- Os futuros dos índices de volatilidade yankees exibem um prêmio. Isso é bearish. A volatilidade deles (à vista) também está se reduzindo tremendamente. Visto em timeframes mais longos, essa circunstância é melhor observada. Se levado a extremos, isso cria condições para um selloff violento, daqueles do qual não se consegue sair a tempo. Mas esse é o único senão. Outros sentiment indicators sinalizam uma certa neutralidade por parte dos small investors. Dado o grau de sobrecompra, é normal esperarmos um mercado de lado, ou no mínimo, com momentum bem reduzido.

domingo, 26 de abril de 2009

Investor Evolution

[A tabela (de 20/abr) acima - retomando a idéia da postagem anterior - mostra como Cemig PN exibiu performances abaixo da média do Ibroxespa e do Índice do Setor Elétrico de maneira significativa. Em situação diametralmente oposta, vêem-se as ações da Terna. Charts never lie.]

Até meados da década de 90 as editoras usavam basicamente marketing direto via correio convencional. Minha caixa-postal vivia entulhada. Importei meu primeiro livro de finanças nessa época. Era o clássico "A Random Walk Down Wall Street" do Dr. Melkiel. Uma certa ironia do destino porque hoje sou totalmente avesso à idéia de que seja impossível operar o market-timing. Se o leitor acredita que a performance ridícula de Cemig PN e fantástica de Terna tenha sido aleatória, recomendo fortemente a sua leitura.

O primeiro livro que li sobre TA foi um bestseller de Toni Oz. Tentei utilizar setups mencionados por ele em 99 e 00. Nada funcionava. E pior...só prejuízo. Comprava...caía. Estopava...subia. Nessas horas a maioria diz: "esse negócio não funciona!" Hoje em dia, depois que assimilei a natureza dessa filosofia de investimento, vejo que é possível encontrar a fundamentação da AT inclusive no nosso dia-a-dia. Um exemplo: às vezes faço uma brincadeira quando vou sozinho a shoppings. Escolho uma loja diante da qual não existam pessoas. E começo olhar a vitrine. Aposto que em no máximo um minuto haverá pelo menos dois ou três curiosos olhando-a comigo. Assim que dou as costas e vou embora. A platéia se desfaz. Façam essa experiência, de preferência com o shopping mais vazio.

Ao longo dos anos procurei entender por que certos setups não funcionavam. Essa é a grande vantagem do que se convencionou chamar trading, segundo o Dr. Steenbarger. Fornece ao investidor um aprimoramento intenso ao longo da curva de aprendizado. O feedback é rápido. O termo "rápido" deve ser posto sob perspectiva. Estamos falando de alguns anos. Da minha experiência, acho extremamente difícil que um neófito bata o mercado do zero e sem ajuda externa em menos de 5 anos.

De um tempo para cá, tenho procurado estudar a influência dos aspectos sazonais do mercado ao meu trading system (TS). Leia-se, a influência que os seasonals têm sobre ele. Minha abordagem tem sido cada vez mais minimalista. Tenho procurado as grandes oportunidades e não ficar perdendo tempo com ruídos no price action. Perder tempo para mim é acompanhar upticks e downticks a esmo, catando ganhos de frações percentuais.

Só a título de informação...um grande seasonal foi desbancado ano passado. Anos pré-eleitorais nos EUA vinham sendo positivos desde 1939(!). Esse track record incontestável caiu de maneira traumática. Não é razoável supor que parte do mercado mantinha-se totalmente long por causa do ganho "certo"? Esperem um conceito estar bem sedimentado para que caia em desgraça. [Toda informação assimilada pelo mercado será - nas melhor das hipóteses - medíocre.]

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Mercados Financieros: Crime And Slime

Sempre quando algum neófito me pede referências bibliográficas sobre investimentos em renda variável penso se antes de receitar obras consagradas de Magee ou Graham não deveria estimulá-los a ler clássicos como "O Príncipe", "As 48 Leis do Poder" e coisas do gênero. Devem estar imaginando que "peguei pesado". Por certo que não. Por trás dos ticks estão pessoas. E por trás destas, interesses pessoais, mesquinharias e desvios de conduta tipificados, conhecidos como delitos.

Ocorreu-me abordar o assunto ao ver que ontem Cemig PN apresentava baixa de quase 1%, enquanto o índice do setor elétrico exibia alta superior a 1,2%. A chance dessa performance inversa ocorrer em circunstâncias normais é próxima de zero. Não coincidentemente no final do dia, após o encerramento do aftermarket, a empresa de Minas Gerais divulgou notícia de que estava adquirindo o controle da Terna. Estranhos acontecimentos sempre ocorrem às vésperas de divulgação de fatos relevantes sem que a fiscalização estatal, incorporada pela CVM, mova uma palha.

Não faz muito tempo as ações PN e ON de Petrobrás mostraram grande força relativa por dias, enquanto o setor patinava em Wall St. e na Europa. Logo depois, a então Sra. Ministra das Minas e Energia, anunciava a descoberta do campo petrolífero de Tupi. O resto todos sabem. Ações explodiram. E suas opções mostraram valorizações percentuais na casa de 3 dígitos em poucas horas. Diante do "batom na cueca", a egrégia CVM foi incitada a atuar. Suspeição forte de uso de informação privilegiada recaiu sobre um dos gerentes da estatal. Conta a lenda que o presidente da empresa deixou o recado: "Sumam com esse camarada daí. Não quero mais vê-lo". Parece que se aposentou (com uma bela bufunfa, claro). Qualquer R$100k "investido" em opções se transformou em tenbagger em um mês. A título de curiosidade: o outrora lucrativo assalto a instituições bancárias hoje em dia dificilmente rende ao(s) meliante(s) quantias superiores a 50 mil reais. Ganha um pirulito se me apresentarem nome de alguém que tenha sido multado ou denunciado pelo Ministério Público no episódio. E la nave va...

A socialite e magnata Martha Stewart fez o mesmo em terras yankees. E entubou uma cana por sete meses em um presídio. E mais cinco em prisão domiciliar, além de multa. Isso para evitar uma perda de US$45k. Cá entre nós, uma micharia. Enfim...falta muito para Pindorama atingir o estágio dos mercados yankees. Nosso passado patrimonialista lusitano, impregnado pela herança latina tradicionalmente mesquinha, é um forte handicap à operacionalização transparente e ética de bolsas de valores.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Do Chart Patterns Still Work?

Esse é o título de um artigo do conhecido technician T.Bulkowsky publicado na última edição da S&C Magazine. Perturbado por uma suposta crescente falta de confiabilidade nos chart patterns o autor pôs-se a atualizar sua base de dados. Quem quiser dar uma olhada no excerpt, pode dar uma clicada aqui*. A conclusão do autor é que houve no período levantado um aumento significativo de failures rates nos breakouts/breakdowns.

Esse dado é consistente com minha última postagem, quando observei que as melhores explosões de volatilidade se deram, pelo menos no ano passado, após fakeouts. As causas para tal "anomalia" (?), a meu ver, estão na quantidade crescente de technicians e program trading em Wall St. É um caminho sem volta. Senhores, um dos maiores inimigos do trader/investidor é o "pensamento convencional". Trazendo essa idéia aplicada ao momento dos mercados, me parece óbvio que o que a maioria espera não irá ocorrer. Leia-se, um rollover bem comportado, formação de pivôs de baixa e um novo selloff. Por quê? É simplesmente óbvio demais. Se isso ocorrer, serei comprador do selloff porque terá vida curta. Meu objetivo primordial nos passeios virtuais é captar o "conventional thinking" do vulgo.

Conforme escrevi na seção comentários esses dias, deverá haver um trigger gráfico para capitulação dos bears que estão à espreita. Essa deverá se constituir em mais uma das 3 ou 4 grandes oportunidades de 2009. A ver. :)

* Mediante pagamento, o download da íntegra do artigo pode ser feito;

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Eppur Si Muove...


Galileu repetiria sua célebre frase se visse a quantidade de incrédulos em relação ao bear rally. O trecho acima, retirado de um artigo no Seeking Alpha, reflete um entendimento distorcido do autor [minha opinião, claro]. Como se justifica o price action diante de indicadores macroeconômicos já conhecidos? Não se justifica. Macrofundamentos e price action não andam necessariamente in synch. O artigo citado é um dos mais populares do sítio (!?). Não é de admirar que a maioria não consiga bater o benchmark ao longo do tempo.


A quantidade de dinheiro "incrédulo" é o combustível desse rally, que não mostra ainda sinais de abatimento. Abril é historicamente positivo em WS. Enquanto pipocarem artigos de "incrédulos" e de "vendedores cobertos", não haverá retomada do bear market.

Por aqui estamos vendo papéis confirmarem alternadamente breakouts indiscutíveis (Usiminas PNA hoje, p.ex.). E, no geral, não se atingiu nível de sobrecompra que sugira ainda o início de um rollover, que pode levar outros meses para se resolver. Olhando para trás é notório que as maiores oportunidades de "zeração de posições" surgiram de fakeouts (falsos rompimentos) pós-consolidações em 2007 e 2008. Isso ainda não ocorreu. E assim se dará novamente em momento futuro, exatamente quando todos estiverem desistido de questionar "the absurdnesss of this sucker's rally". Em futuras postagens comento s/ o nível de volatilidade atual...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Another Lackluster Expiration Week...


[Para ver outros comentários sobre "semanas de vencimento", use a caixa de pesquisa do blog]


O price action de hoje jogou um balde de água fria nas minhas expectativas de breakout dos 45 no iShares Brazil (followup de outra postagem, clique aqui). Não que um vertical spread esteja inviabilizado, mas as expectativas de lucro rápido e baixo risco ficam certamente prejudicadas.

A semana de vencimento já mostrou seu cartão de visitas. Deverá ser soporífera. Cai hoje. Sobe amanhã. Cai depois de amanhã...Olhando um pouquinho mais adiante, a coisa se encaminha, a meu ver, para um processo de rollover ao longo do mês, entrando talvez maio adentro. Esse cenário combina com o cenário overbought identificado por mim no % de papéis acima da MM50. A sazonalidade, também.

Nota: Depois que encerrei posição em Telesp PN em 02/04, o papel só caiu. Fundamentalistas ortodoxos dizem que é impossível fazer isso com consistência.
Nota2: Naz Composite continua sem confirmar o eventual "double bottom" no semanal. No entanto, lembro que semanais só devem ser levados a sério nos finais de semana...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Covered Calls?! No! Not again!

Dando sequência à postagem anterior, por coincidência, recebi um junk mail a respeito de um curso de opções pela bagatela de R$520.

O autor do email ("Aprenda a lucrar nesse mercado") cita como exemplo uma operação de venda coberta (financiamento) de Vale, rendendo 3,9% em 3 semanas e proteção de downside estimado em 12%. Que fantástico, não?! Descobrimos a fórmula do enriquecimento! Imaginem capitalizar esses ganhos por 5 anos com um investimento inicial de R$200k. Eu estaria sentado em cima de uma grande bufunfa no final desse período. E por que não se enriquece fazendo isso? Porque o mercado está em constante mutação. E a própria manada ao assimilar padrões, cria desequilíbrios e impede a sua ocorrência. Os ignorantes acham que existe um Deus Mercado ou uma conspiração de big players sacaneando todos nós.

O junk email que recebi apenas reforça minha convicção de que o risco das vendas cobertas já passou de seu ponto de inflexão. A operação é totalmente vencedora sempre que o caboclo não é exercido. E o papel estaciona acima do preço garantido pelo prêmio recebido. Se o ativo-base subiu, sem exercício no vencimento, a operação também funcionou (de certa maneira) [pois a VC revelou-se desnecessária]. A maioria que me lê, claro, irá discordar por achar que "vender coberto" é melhor que ficar "sem proteção", especialmente agora. No problem. Nunca me senti à vontade nos braços do povo. :)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Are You Afraid Of This Rally?

[Vou adiantar meu comentário do feriado...]

Procuro ser um atento observador dos ambientes. Nas minhas andanças virtuais anônimas tenho percebido muitos entusiastas da operação de venda coberta (covered call) [VC], principalmente em Petr PN e Vale PNA. Outros - que não conheciam a operação - estão "maravilhados". Ganhar um proteção adicional no downside no valor do prêmio é tudo que se deseja nesse momento. Ou não?

Engraçado como os maiores rallies encontram sempre o "público" bem reticente e escaldado. A boa aceitação recente da VC tem a ver com essa atitude. As pessoas apanharam muito no crash de outubro e desfilam agora seu estresse pós-traumático. No entanto, examinando technicals e sentimento, progressivamente estou pendendo mais para uma alavancagem que proteção via VC. Ou no mínimo, penso que os strikes vendidos deveriam convenientemente ser deslocados mais para "fora-do-dinheiro" (OTM).

Com relação aos technicals, para exemplificar, vejamos uma análise plain-vanilla do Naz Composite. Um padrão de "double bottom", meio poluído, está em vias de se materializar. E sendo conservador é possível imaginar targets na faixa 1800-1900. Claro que testes e retestes deverão ocorrer ao longo do caminho. Resumindo...semana que vem poderemos ter noção do verdadeiro potencial desse bear rally. Pelo grande giro em WS, Institucionais entraram firme hoje, justamente em uma véspera de feriado (lá também).

Could We See A Peek-a-boo Breakout?!

Há duas semanas o mercado de equities (em Real) patina sem sair do lugar, exibindo uma sequência de overnight gaps como há muito não visto. Os gaps gerados inviabilizam entradas em operações do tipo swing e praticamente só asseguram boas chances de êxito em daytrades (argh!).
Presenciar tantas "janelas" logo abaixo de regiões de oferta não é algo lá muito reconfortante para quem carrega posições compradas. Tais regiões são mais nítidas nos EMs (emerging markets). O semanal acima* (em USD) mostra o sexto candle positivo próximo à região de maior oferta ("resistência"). E qualquer breakout intrasemanal acima de 45 circa será um convite quase irresistível a posições short de curto prazo (não curtíssimo).
A meu ver a chance de breakout nesses termos não é desprezível. O "público" permanece meio reticente com esse bear rally. E não me parece que tenham pulado dentro do barco dizendo "agora vai!"

* Nota: O chart acima está aberto e, portanto, o fechamento certamente irá diferir do retrato mostrado...

terça-feira, 7 de abril de 2009

Words Of Wisdom From Larry Williams

"There is a big difference in the emotional state of the "public" and the "professionals" that I think one can measure through watching the entry and exit styles they are most apt to use...The key difference is the public (or almost always wrong) trader appears to be unduly influenced by opening prices. In fact, this relationship is so consistent that since 1969 I have advocated the use of opening prices for all market measures." (Larry Willliams, October, 1991 in Commodity Timing)

Larry Williams tem uma escrita agradável (rara em autores do gênero) combinando informações sobre trade systems e reminescências da sua prática. Pensei em escrever sobre o opening price porque confirmo por observação que o "público" é muito sensível a ele. O dia em que o Ibroxespa subiu mais de 4% - rompendo os 43k - foi amplamente tomado como positivo. Breakouts são de maneira típica recepcionados como sinal de força, independentemente de onde ocorram. O "público" ignora - ou esquece - que as grandes reversões recentes se iniciaram com preços de abertura bem diferentes do fechamento do pregão anterior (chamados gaps), sugerindo a profusão de "small traders" em ação. Vos digo que pensar no improvável é um hábito bastante salutar. E as melhores oportunidades virão de eventos improváveis (acontecimentos descontínuos). [Aprendi isso the hard way.] Não pensem que é possível destacar-se pensando como a maioria. A operação de Telesp PN é um bom exemplo recente disso. Era óbvio que um forte rally emergeria depois de uma headfake ("cabeça falsa") para baixo? Acho que não. Não era razoável supor que muitos estariam aguardando os 50,20 mencionados por mim? Sim...por isso não chegou lá. Fundamental, portanto, o acompanhamento dos technicals. E não acreditar que preços futuros possam ser previstos. Só há boa chance de acertar previsões enquanto perdurar o momentum de preços.

NYSE Comp. Index: My Name Is Overboughtness

Linha branca mostra o percentual de papéis na NYSE acima da MM50 dias.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Magic With Numbers And Tables


Desde o início de 2009 tenho presenciado o esforço de analistas em invocar dados históricos para justificar um viés bullish em anos imediatamente posteriores aos dos crashes. Não se requer qualquer capacidade intelectual nem criatividade para produzir um estudo desse tipo. Basta uma base de dados generosa.

O estudo do dshort acima é um pouquinho mais elaborado. Mostra que todas as vezes em que o P/L do S&P500 saiu do primeiro quintil e bateu no quarto, até hoje, nunca parou nele. Chegou ao quinto. O denominador é a média dos 10 últimos valores ajustados pela inflação.
Sempre haverá dezenas de argumentos a favor de um ou outro grupo. Quem tem razão? Apenas o futuro dirá. Só há uma maneira de amenizar as suas incertezas: acompanhar os technicals. Acompanhar significa possuir uma expectativa, mas nunca deixar que ela se sobreponha ao price action real.

sábado, 4 de abril de 2009

In April Fool's Month: New Exchange Fees!

No mês dos mentirosos a BMF/Brochespa pregou uma peça no segmento (mais rentável) dos investidores. Criou taxas de manutenção sobre valores em custódia em vigor a partir de maio (clique aqui). Os novos valores de taxas de negociação já valem a partir da próxima segunda. Livram-se da tunga os menos abastados, com quantias em custódia menores que R$300k (os chamados "não-qualificados"). Os "investidores qualificados" (denominados accredited investors, nos EUA) que pouco giram suas carteiras são o alvo preferencial do "olho gordo". Apesar de haver uma tabela regressiva de percentuais em função de valores crescentes, os montantes absolutos podem ser bem expressivos. Usando o simulador disponibilizado gentilmente pela BMF/Broxespa (clique aqui) é possível perceber o efeito tanto para quantias crescentes de custódia, como para giros financeiros maiores.

A consequência lógica dessa medida é um aumento de receita das bolsas de Pindorama. Ao mesmo tempo há um incentivo (indireto) a um maior giro nas carteiras, o que é benéfico para corretoras também. Provavelmente as que atrelam isenção de taxa de custódia a uma operação/mês continuarão matando no peito essa "taxa". E pode haver uma nova competição aberta nesse segmento de "esmolas".

O diagnóstico feito até aqui baseia-se na matemática e no bom-senso. Mas o que poderia estar por trás dessa mudança de cobrança por serviços de custódia? [Isso não será falado em nenhum outro lugar.] As receitas das corretoras e das bolsas com corretagem caíram sensivelmente. E essa é uma primeira medida paliativa para tentar recuperar parte das perdas. "Fact, como você sabe disso?" Meus caros, o comportamento das pessoas é imutável. Daí tudo o que tradicionalmente ocorre em bear markets repetir-se-á. As quedas abruptas de volume (giro financeiro) são características de ciclos de baixa. Não sou pessimista. Sou apenas um estudioso do comportamento do rebanho.

Citei primeira medida porque outras virão. E, conforme comentado outras vezes, a tendência ainda é o desaparecimento de alguns homebrokers e/ou fusão de outros. As maiores corretoras conseguirão desenvolver novos produtos (não-gratuitos) para o seus HBs, criando novas fontes de receita. Outras optarão pela segmentação mais nítida de clientes. As que ficarem inertes não sobreviverão ao urso.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Update: It Is A Trader's World

Dizem por aí que o "mark-to-market" levantou recentemente o moral dos players. Isso serve novamente para lembrar que "marcação a mercado" e transparência só servem em bull markets. Em bear markets quanto menos você souber melhor.

Tecnicamente falando - mesmo com o gap up de ontem - pouco mudou. Continuamos abaixo dos preços de outubro do ano passado. US markets não ultrapassaram as maiores regiões de oferta (leia-se, p.ex., 900 no SP500 e 8500 no DJIA). Enfim, não mudo de opinião. Conforme coloquei na seção de comentários há coisa de uma semana...não estou bullish. Só não estou bearish. O terreno me parece propício para os chamados swing traders. Com relação ao Ibroxespa, a área de maior oferta no CP fica por volta dos 45-45,5 k pts., um pouco acima do fechamento de hoje.

Não sei se passo a impressão de que sou um operador inveterado por postar com certa frequência. Mas vos digo o seguinte: no ano fiz duas operações (OC e OV) na Broxespa. Outra lembrança: segundas-feiras são, estatisticamente falando, tradicionais dias de perdas em Wall St. Esta informação está em um material "linkado" em uma postagem minha (vide marcador "big shots).

quinta-feira, 2 de abril de 2009

What Is It? Is It A Bubble?! Ruuuunnn!! - III

[Para ver a postagem anterior, clique aqui]

A probabilidade parece que está na maior parte do tempo do meu lado. À gritaria de estouro da bolha dos US Treasuries observada no final do ano passado e início deste, seguiu-se uma consolidação acima da região (seta azul) cujo atingimento pareceu-me improvável. E assim se verificou. No big picture não acho nem iminente um débaclê semelhante aos ocorridos nos anos de 94, 99 e 03.

Aproveitando o selloff medonho dos T-bonds no final de 2008, analistas (ponham nessa conta também Dr. Mark Faber) e fund managers quase unanimemente aderiram à Campanha "Treasuries R.I.P." Na ocasião uma conhecida revista especializada foi um dos cavaleiros do apocalipse (clique aqui). Ressalte-se que não questiono a existência de uma tendência parabólica em andamento, mesmo porque os fundamentals da economia norte-americana em nada contradizem essa idéia. Só que nos mercados as coisas só fazem sentido no loooongo prazo, que não se sabe exatamente onde fica.

Acima vê-se uma espécie de rounding bottom de curto prazo. Faz parte desse bottom um dia de ranges gigantes causado pelo anúncio de compra de US$1 tri em Treasuries pelo Federal Reserve.

Não confundam confiança com arrogância (rs). Esta tem a ver com a manutenção do viés de análise. Aquela, com a sua manutenção apesar do mercado nos dizer que estamos errados.