DISCLAIMER


DISCLAIMER: 1. The risk of trading equities and/or derivatives can be substantial. 2. Any decision to purchase or sell as a result of the opinions expressed in this blog will be the full responsability of the person authorizing such transaction. 3. Past performance is not indicative of future results.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

ADR de Vale (Rio), again

Volto ao chart de 60 min de Rio - comentado anteontem - por conta de uma ocorrência incomum envolvendo o price action de papéis em reais e seus ADRs (no caso específico, Rio e Vale5). Um selloff em ações costuma ensejar um rally no dólar. Isso - hoje - não ocorreu. Por isso, a queda em reais foi mais expressiva que em USD. Embora o suporte mais imediato de Vale PNA esteja seriamente ameaçado, o de Rio, em US$39 continua intacto.

No chart acima, a linha tracejada branca ressalta a grande divergência positiva em 60 min. Divergências devem confirmar os preços e não o contrário. Portanto, somente se os 39 agüentarem passem a olhar com seriedade as divergências. Para entender um pouco dessa discussão de suportes e resistências em reais ou em dólares vejam o post Dollarize or Real-ize?

Long Naked Calls: Which Strike?

Afinal, qual o melhor strike para compras curtas a seco?

Entram aí algumas considerações: Depende do tempo até o vencimento da opção e do momentum do ativo-base. De maneira mais conservadora convém preferir o primeiro strike "dentro do dinheiro" (in-the-money) ou aquele no dinheiro (at-the-money) para operações bem curtas. Este quase sempre é o mais líquido. Geralmente não fará diferença entre um e outro. Em semanas de vencimento prefiro strikes mais ITM que já possuem grande valor intrínseco. Nesse caso o prêmio das opções tende a se comportar mais como o price action do ativo-base.

O operador deve perseguir consistência. E não homeruns para contar aos netos. As operações com derivativos servem de leve alavancagem à rentabilidade da carteira. E se você tem menos que 5 anos de operação por conta própria em renda variável e/ou "estômago fraco" para volatilidade, fique de fora.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Putting My Money Where My Mouth Is

Retorno antes Corr+IR: 8,54% por um "investimento" de aprox. R$47k em 4 horas.*
Talvez muitos acreditem que não cometo erros, mas não é verdade. Apenas os minimizo. Hoje cometi um ao abrir uma OC antes da abertura de Wall St. Via de regra, as ordens enviadas no dia anterior são executadas em terras yankees. Depois disso, preços cedem. E levam consigo outros mercados.
Se tivesse obedecido à minha própria regra, o preço-médio de compra poderia ter sido bem melhor...O fato de não ter assimilado o prejuízo (ouuuch!!) encontra respaldo no fato de que suportes em USD não haviam sido violados convincentemente no meu timeframe de operação.
Por que a F54 e não a F56 ou F58? Bom, volto ao assunto no próximo post.

* Em tempo, gentlemen: grande parte dos meus recursos estão alocados em ações. E o giro, nesse caso, claro, é bem mais lento.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Support + Oversoldness = Opportunity

Na imagem acima, vemos um indicador de momentum (ROC, no caso) sobreposto ao price action de 60 min do ADR de Vale (Rio). Os bons swings de preços, como se vê, tiveram origem em suportes ou resistências em área de sobrevenda ou sobrecompra, respectivamente. No caso específico, um rebound é bem provável depois de uma retração de 100% do rally.

Na maioria das vezes charts são dúbios. Quando não o forem...

End of a Bear Rally or Just a Breather?

O recente throwback no DJ Industrials já não seria algo agradável para os bulls no curto prazo, em condições normais. Houve violação fácil da região dos 12,7-8k pts. (limitada pelas linhas tracejadas), com atuação bem convincente dos bears. O fato ocorreu: em meio a claro estado de complacência do mercado (refletido em indicadores contrários) e durante o período mais fraco do ano, em termos de performance, que se inicia tipicamente em maio. O padrão do ano passado em terras yankees - devo alertar - foi uma surpreendente exceção à regra.

sábado, 24 de maio de 2008

That Thang is Kinda Toppy...

Em IG, A Brand-New Conundrum manifestei minha impressão de que um bom upside pós-IG seria consumido por um cenário macroeconômico desfavorável. Embora seja inegável que o ticker* Brazil ainda mostre boa força relativa se comparada à dos demais emerging markets (EMs).

Percebem-se duas "ameaças" ao momentum dos EMs agora: uma imediata e de natureza fundamentalista é a manutenção do Fed Funds Rate em 2%, amplamente precificada no mercados futuros de juros yankees e um provável ponto de inflexão na taxa de juros. E outra nem tão imediata assim, de natureza técnica: a baixa volatilidade de longo prazo do Dollar Index. Essas variáveis estão correlacionadas entre si. Uma é reflexo da outra e vice-versa.

Desde a "virada" do ano os technicals de volatilidade têm merecido minha a "a-tensão". Isso porque - conforme nos lembra John Bollinger - "low vol begets high vol, and vice-versa". Um repique no USD tende a estimular selloffs nos EMs.

* Pindorama nada é senão mais um ticker na tela de cotações dos gringos. Talvez essa minha afirmação vá de encontro à ufania oportunista dos políticos do governo.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

A Classic by Larry Williams

Publicado em 1999 pela Wiley Trading Advantage, Long-term Secrets to Short-Term Trading é um clássico do mundo dos investimentos. Larry Williams se notabilizou como trader de commodities. Esteve no Brasil em 2005.

O livro permaneceu em minha wish list por vários anos. No entanto, por capricho, resistia em comprá-lo, sempre aguardando uma promoção (que, aliás, nunca veio). A seção introdutória da obra é um testemunho dos mais verdadeiros e sinceros que já li em algum livro do gênero. A sua parte final reproduzo abaixo:

"...I believe three motivators are found in the heart of a successful speculator: an intense desire to make a lot of money, a longing or yearning to show somebody else up, and an internal discontent with how things are. Great big chunks of unrest seem to be an important asset for a speculator. Although most people seek balance in their life, I have never felt that very healthy; no great achievements were ever made by perfectly normal people. Sometimes I think about living a more balanced life. That thought usually lasts a couple of seconds. I guess my unrest will never go away, but if my lifestyle tells us anything, it is that unrest fans the flames of a speculator's internal fires.
I would probably trade the markets without wanting profits if it "proved" my worth to the world, to an old girlfriend, to my parents, my brother, or even someone I cannot identify or dredge from the recesses of my mind. Saying I am ego-driven may be correct, but it is not about bragging, it is about showing them I can overcome."

quarta-feira, 21 de maio de 2008

A Magic Moving Average for Rio?!

O que eu, você e Rio temos em comum? Cada um de nós possui uma personalidade distinta. No caso de equities, esse é o resultado da interação diária dos mesmos players. O resultado das mesmas forças se traduz em um price action característico.

Acima vê-se um chart de longo prazo do ADR de Cia. Vale do Rio Doce (Rio) na NYSE. A MMA de 75 semanas tem fornecido bons pontos de entrada desde 2004.

Claro que não espero ver a maioria dos leitores do blog animada em comprar Vale PNA, por exemplo, quando o price action se aproximar dessa média móvel. Provavelmente isso ocorrerá em meio a um clima de pavor intenso. History repeats itself.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Flintstones vs. Jetsons

Características do mercado onde operam os Flintstones...:
  • Algumas dezenas de ações possuem média de giro diário acima de R$5M;
  • não existem ETFs, à exceção do esquecido PIBB;
  • Posições vendidas chamam garantia;
  • Só há liqüidez nas opções de 2 ativos negociados (Petr4 e Vale5);
  • Opções registradas já nascem à beira da morte (expiram em prazo muito curto);

...e operam os Jetsons:

  • Centenas de papéis possuem giro médio diário acima de R$5M;
  • Cerca de 250 ETFs representam setores diferenciados e servem de proxy para vários índices;
  • Existem os "short ETFs" (correlação inversa aos seus ativos-base) que representam posições compradas. Ou seja, não é preciso margin account para ficar vendido;
  • Dezenas de opções possuem liqüidez;
  • Opções sobre um mesmo papel não expiram todo mês. Ainda existem os LEAPS, opções de longo prazo (expiram em até 2 anos);

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Stops: Good For Whom?

Stop losses quase sempre figuram como cláusula pétrea nos livros de technical analysis. Como com muitos neófitos ocorre, armava stops apenas para vê-los acionados e depois assistir ao papel continuar subindo. E observem que nem market makers e specialists atuam em papéis de primeira linha na Bovespa. À medida que fui aperfeiçoando meu método observava que freqüentemente era possível operar ativos sem stops. Já que o pior que acontecia na maioria das vezes era esperar o pullback para vendê-los no breakeven. Duas observações importantes: essa estratégia é ineficaz para trades com opções e em períodos de divulgação de resultados trimestrais.

Por isso, passei a desprezar os stop losses. Contudo ficava me sentindo um peixe fora d'água ao considerar que não via um comentário do gênero feito por algum technician de ponta. O alívio veio um dia ao ler uma entrevista publicada no The New Market Wizards de Jack Schwager. O trader entrevistado - cujo nome infelizmente não me recordo - disse que o mercado quase sempre oferecia oferecia uma segunda chance. Respirei mais aliviado. Afinal, qualquer um de nós tem que se apoiar nas experiências de investidores/traders que estão acima da média. Para exemplificar: eu não colocaria stop em BBDC nesse momento.

* Ops! Onde se lê: "eu não colocaria stop em BBDC..", leia-se: "eu não venderia BBDC na linha de suporte..." A idéia permanece. Não coloco stops em operações de equities.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Put On Your Thinking Cap, Dear Reader

A maioria das pessoas hoje tem pouco tempo de fazer conjeturas e reflexões sobre que se lê por aí. Uma pena.

Analisemos partes de um artigo - dentre os 5 mais lidos - postado ontem no Infomoney: Passagem por 71 mil pontos é crucial para Ibovespa seguir em busca de recordes.

"...Pela ótica da análise técnica, uma vez rompida a região superior deste canal formado, o caminho fica aberto para a chegada aos 73.800 pontos. No outro extremo, o mercado está sujeito a um movimento corretivo "saudável", como definem os analistas consultados pela InfoMoney..."

A expressão "correção saudável" é um dos maiores nonsenses do mercado. Só é saudável para quem está de fora. Diz-se que é saudável apenas porque geralmente throwbacks freqüentes expulsam os weak-hands ("mãos fracas"). A possível explicação para o jargão é que investidores se sentem desconfortáveis com correções expressivas depois de rallies de grande magnitude.

"...Abaixo dos 68 mil pontos o índice tem espaço para realização "normal e saudável" até os 66 mil pontos, sem comprometer a tendência de alta sinalizada pelo gráfico semanal..."

É verdade que prossegue a tendência de alta no semanal nesse caso. Mas sob uma perspectiva do daily chart uma retração de 100% do breakout - pós-concessão do IG - seria algo preocupante. E um reteste dos 66k ensejaria - na minha filosofia de investimento - apenas uma operação no espaço de tempo de swing trading, p. ex. O problema é que há muito downside até que a tendência de alta no chart semanal seja ameaçada...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Wow! A Textbook Throwback!

Uma das grandes frustrações dos novos estudantes de TA é quase nunca ver repetidos aqueles padrões bem feitos das ilustrações dos livros. Não só isso. Quando avistam um, o broad market e o respectivo setor por vezes não estão alinhados com a direção esperada do trade. Top-down analysis, folks.

Foi uma grata surpresa ver, portanto, um throwback "exemplar" em Bradesco PN no timeframe diário, imerso em setor bullish. Idem em relação ao Ibovespa. Portanto, passado o oba-oba da concessão do IG à Pindorama, o mercado nos oferece novo ponto de entrada. Dessa vez, mais seguro. Trading is not gambling. E - como diz Alan Farley - deve ser tão chato quanto o emprego que você possui hoje.

domingo, 11 de maio de 2008

It Was About Time, huh?!

Quando passeio pelo Largo do Machado no Rio de Janeiro uma das minhas paradas obrigatórias é na Livraria Galileu: mostruário extenso, eclético e sem preocupação com a lista dos "Mais Vendidos" na semana.

Foi com grande satisfação que descobri, bem por acaso, a chegada ao mercado editorial nacional - pela Editora Campus - de uma versão traduzida de um dos maiores clássicos de investimentos: Reminiscences of a Stock Operator. No mercado nacional o livro recebeu o título Memórias de um Operador da Bolsa.

É uma leitura obrigatória para os floor traders de Wall Street e, portanto, deveria ser para qualquer investidor que leve essa atividade a sério. A obra conta a estória em estilo ficcional do maior especulador de todos os tempos, Jesse Livermore. Aos que têm dificuldade em ler textos em inglês é uma grande pedida, apesar do preço (incompreensivelmente) meio salgado.

Os fundamentalistas e técnicos ortodoxos que me lêem têm muito a ganhar com a leitura. Afinal, uma dose de pragmatismo, bastante praticado pelo Boy Plunger, nas análises é fundamental. Ortodoxos são incapazer de assimilar por que uma ação permanece "barata" por muito tempo e não sai do lugar ou por que os preços inseridos em um padrão com características perfeitas do tipo textbook vão na direção contrária à esperada.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Trending or Trading?

Diz-se que estamos em um trending market quando existe momentum por trás dos preços. Por outro lado, um trading market caracteriza um mercado sem tendência definida ou com baixo momentum. Apesar do oba-oba gerado pela concessão do IG ao país, parece difícil acreditar que já estamos em um mercado do primeiro tipo. Há variáveis macroeconômicas citadas anteriormente que têm atuado como amortecedores.

A diferença é fundamental para investidores/especuladores. Em mercados fortes o swing trading (operações de 2-5 dias) com timing adequado demanda uma grande habilidade e esforço do operador. Poucos a possuem. Nessas horas aqueles seu amigo que não sabe lhufas de bolsa ganhou mais que você que tem um software em tempo-real, que lê sobre os mercados, etc. Aposto que o leitor já passou por isso.

Em um mercado sem tendência os traders levam grande vantagem sobre buy-and-holders ao identificar suportes e resistências relevantes. Compra-se naquelas. Vende-se nestas.

Nessas horas - para identificar um ou outro - acredito mais na experiência que em leituras de indicadores tradicionais do tipo movimento direcional (ADX). Se esperarmos que este ou aquele indicador nos diga em que tipo de mercado estamos, muito do upside ou downside já se foi. Portanto, aí vai um consolo aos neófitos: não queiram queimar etapas no aprendizado. É impossível.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

IG, A Brand-New Conundrum

Não, não serei a enésima pessoa a abordar o assunto. Só convém lembrar que Enron e Bear Stearns já possuíram esse título de nobreza. E, via de regra, aos maiores busts de preços se seguiram downgrades em notas de crédito e não o contrário.

Mais interessante que comentar o fato da concessão do IG em si é analisá-la à luz das demais variáveis macroeconômicas. O mercado de commodities - pensemos em CRB, a princípio - encontra-se em nítida consolidação em timeframes mais longos. Ainda imagino que tenha feito uma avaliação correta anteriormente (sorry, não localizei o post). E os índices yankees lutam em áreas críticas para se habilitarem ao que podemos chamar de sideways markets (de lado), em timeframe mensal.

Do exposto acima, parece-me que boa parte do potencial positivo do IG será absorvido por um cenário macroeconômico (e de price action) pouco favorável. No entanto, o mais prudente é ignorar o que falei e focar o price action (remember the charts, forget the news).

Afinal, opinião é como umbigo. Todo mundo tem uma. :)