DISCLAIMER


DISCLAIMER: 1. The risk of trading equities and/or derivatives can be substantial. 2. Any decision to purchase or sell as a result of the opinions expressed in this blog will be the full responsability of the person authorizing such transaction. 3. Past performance is not indicative of future results.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Additional Downside In Equities

Parece que o último fio de esperança se esvaiu hoje. Até ontem várias newsletters - a meu ver, de gente qualificada - agarravam-se ao wishful thinking de que preços chegariam próximos do topo recente. A título de curiosidade, segue abaixo uma publicada ontem (27/01):

"The daily S&P is at the 100 day moving average and a 50% Fib retracement.

The Dow is also at its up trendline support and 50% Fib level.

You also have had an ‘event’ pullback in the indicies because of the Bernanke risk and China

rate increase. You have 3 low range days at this support level.

Linda Bradford Raschke had a system that worked reasonably well which is called her IDNR4 system.

I tested it and it is one of her bestter systems.

The idea is wait for 3-4 low range days at support and buy on day 4-5 when the high of the

range is exceeded with a stop below the low of the range."


O sentimento do público em relação a preços passa por 3 fases distintas:

- 1a. fase: Preços revertem, mas o clima ainda é de pessimismo. Qualquer retração (no caso de rallies) é vista com temor por comprados;

- 2a. fase: Superada a fase do medo, as pessoas passam a se sentir confortáveis com a tendência em curso;

- 3a. fase: O clima de conforto descamba para a complacência. Qualquer pullback soa como oportunidade de compra. E selloffs ainda são encarados com desdém. E o ciclo se repete.


O trecho da newsletter acima bem reflete esse clima de complacência ainda reinante. Apelou-se para a racionalização de um setup de compra, que, aliás, teria sido estopado hoje. Até meados desse mês tínhamos pullbacks que eram revertidos imediatamente com fortes rallies. A transição deu-se de maneira abrupta e agora parece que o price action flerta pacificamente com níveis de sobrevenda. Essa mudança abrupta é característica de preços livremente negociados. Estes seguem um distribuição de preços leptocúrtica ( e não "normal"), ao contrário do que supõe o vulgo. Infelizmente nosso cérebro tem dificuldade em assimilar esses tipos de transições drásticas. Technicians neófitos aguardam pivôs de baixa nos gráficos diários que não aparecerão.

A retração em curso está longe de acabar. O nível de volatilidade de médio prazo ainda está em valores historicamente baixos. E é quase palpável uma retração média de 6 a 8%, a partir dos níveis atuais, nas médias yankees. Que não me escutem Nicholas Taleb e Benjamin Graham. :)

domingo, 24 de janeiro de 2010

Interview With Nassim Taleb

Um trio de traders - dentre eles, N. Taleb - entrou para o Hall Of Fame ao shortar o mercado naquele dia fatídico de outubro de 1987. Façanha análoga à de Livermore no Crash de 30 e de John Paulson em 2008. A entrevista em consideração (clique aqui) traz um pouco da biografia do notável personagem. Dado o conteúdo relativamente extenso para a atenção fugaz dos visitantes*, selecionei o seu trecho mais relevante (do meu ponto de vista):

"L.G.: But you know what the markets are doing.


N.N.T.: Same thing with the markets. I don't know what they're doing at any point in time except when they do a lot—because your brain cannot distinguish between small and big. We have so much evidence of that. Some events have massive consequences, and you should look at them. But if you look at the Dow and it moves a little, it's not even statistically significant, you cannot see it without some emotional reaction and some theorizing. So you want to theorize as little as possible. But today, I am interested in the market, because the euro had the biggest move in a long time. Today, I'm concerned. The euro moved a lot.

L.G.: Downward.

N.N.T.: Yeah, and I'm interested—so today it's information. When something is moving barely, it's not information. If you were to read the newspaper account of things, the discussion should be, because of the size of the move today, a billion times longer than the discussion you get on a regular day. It moved 3 cents. To $1.50-something. That is worth discussing when it happens once a year in the euro. If the stock market crashes, that's information. If it moves five points, it's not. So when you listen to radio, they're going to tell you in the same-length program whether it moved five points, or 23 percent. And the lengths of newspapers should be in proportion to the importance of the facts—and they're not.
..."

Ao contrário de Taleb, ainda não cheguei ao extremo de me alijar da leitura de jornais, revistas et alli. Nas rodas sociais precisamos parecer o mais normal possível. Mesmo entre supostos investidores, não convém falar, por exemplo, que a Bolsa de Pindorama é uma instituição voltada para fora do país. Melhor falar daquela bunduda do Big Brother ou do personagem de José Mayer na novela das oito.

Com relação à parte sublinhada do excerpt acima, talvez agora tenha ficado claro por que dezembro passado foi o mês em que foi produzido o menor número de postagens de 2009. Se o price action não produziu nada, digamos...noteworthy, provavelmente mais dias passarei longe do Blogger.com. Essa não é uma tendência de outros blogs e sites comerciais**, que são obrigados a produzir conteúdo independentemente do price action.

Taleb me passa a idéia de certa intolerância com a mediocridade. Note-se que antes de assumir a conhecida conotação pejorativa esse conceito tem significado meramente estatístico. Optei por me entreter com ela, mormente naqueles momentos em que fatos de suposta grande repercussão nos mercados são propagados à velocidade da luz (taxação de ADRs brasileiros, débâcle do Dubai World...). E passado um ou dois dias, preços retomam a tendência anterior. Por que isso acontece? Bem, não vou encompridar esse texto. Depois escrevo um pouco mais a respeito.

* Perceberam a ironia? :D
** "Podia comentar Merposa PN?"; "Fulano, comprei Merposa PN na sexta. Estopo agora ou espero quicar?"

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Fact Finder Did It (Again)


Dá gosto ver que meu TS emitiu sinais pontuais de maneira correta desde o início do ano. Quem acompanha o MFF pôde se antecipar ao seguintes momentos, em ordem cronológica:

sábado, 16 de janeiro de 2010

30-Yr Treas. Bottoming Out...For A While? - II

[followup deste AQUI]
Opções expiraram na sexta-feira. E, para variar, a maioria dos especuladores de curto prazo tiveram suas expectativas frustradas. A put de TLT
micou de maneira cinematográfica, após um fechamento "promissor" na quarta-feira. Já no fechamento de quinta-feira 5k contratos em aberto já tinham sido encerrados, dos 15K e tal existentes. Quanto vale o direito de vender shares de TLT a 90 dólares, cotadas a 91.08? Nada.

Diferentemente do short squeeze (corner de vendidos), a perda potencial em posições compradas se limita a quanto o freguês gastou para adquirir a put. Por isso altas não costumam ser tão fortes. Contratos em aberto de opções com vencimento inferior a dois meses são as preferidas pelos pequenos especuladores. Daí serem bons contrarian indicators.

Não é correto afirmar que todos tiveram prejuízo líquido nesse strike. Parte dessas opções abertas provavelmente eram married puts, posição na qual são usadas como "seguro" contra quedas. Comprar puts para "amortecer" quedas de ativos é algo mais vantajoso que efetuar vendas cobertas (covered calls). Não existe a necessidade de rolagem para evitar ser exercido quando o ativo-base começa a subir. Infelizmente opções de venda são uma ficção na bolsa de Pindorama, especializada em só promover produtos e práticas (duvidosas) aos beneficiários de sempre.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

ETF Pindorama On The Spotlight


Para aqueles que gostam de acompanhar o iShares Brazil - proxy para o Ibovespa em USD - devo fazer meaculpa. Não é um ticker que condidere bem representativo de equities. Daí abordá-lo por aqui não ser comum. No diário acima alguns technicals saltam aos olhos e dispensam comentários adicionais.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

30-Yr Treas. Bottoming Out...For A While?

A sequência de dias positivos em Wall St. não surpreendeu. Iniciou-se com uma bull trap, retratada no comentário de 04/jan. A força necessária para produzir esses ganhos teve como combustível os latecomers ("atrasados"), que jogaram indicadores contrários a pontos extremos. No caso das minhas médias do CBOE Equity P/C Ratio, essas leituras não ocorriam desde meados de out/09. Daria uma recomendação "neutra" para equities nesse momento por conta desse clima otimista demais para o meu gosto.

Em relação aos Treasuries predomina o pessimismo. Concentrações altas de puts "no-dinheiro" (ATM) com vencimento essa semana no respectivo ETF denunciam esse sentimento. Ocorre que o price action encontra-se sobrevendido no semanal (não mostrado) em área de demanda forte. Uma combinação não muito saudável aos especuladores de curto prazo. :)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Blip In Equities Is In Order

O cenário do post anterior se acentuou significativamente hoje (11/jan). Sob perspectiva contrarian, no curto prazo (ou na tendência terciária, como queiram), equities estão fragilizadas nesses níveis. Blip em vernáculo yankee é algo que não muda o big picture. Só que a winning streak de comprados iniciada com as conhecidas bull traps no primeiro dia do ano encontra-se na corda bamba. [Dada a maturidade desse rally iniciado em março, convém sempre analisar technicals em timeframes menores. Todo selloff de dias e reversões sempre se iniciam em gráficos de 60, 120 min, etc.] Uma outra informação: geralmente verifica-se um lag time entre pontos extremos de complacência e pavor e seus respectivos reflexos no price action. Não seria estatisticamente provável ver um selloff logo amanhã, por exemplo. Contudo, improvável não significa impossível.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

It Is Gonna Get Bumpy...

Esse post deveria ter sido escrito ontem não fosse um Trojan Fake Alert maldito que se instalou no meu PC. E me azucrinou a noite toda...mas vamos lá. Retail investors pularam - depois do breakout das médias yankess no primeiro dia do ano - dentro do barco como não se via desde final de novembro/09. [Esses dados da CBOE só consigo com confiabilidade no dia seguinte. Ou seja, não se trata de avaliação em tempo real.] Por outro lado, os pros já mostravam, em tese, um grau de bullishness bem alto. Na verdade, por uma questão pragmática, prefiro não confiar nessa avaliação ortodoxa em um primeiro momento. Talvez seja uma acomodação dentro do setor de mutual e hedge funds e não esteja relacionada diretamente a essa questão. Não costumo apostar veementemente contra a banca.

Conforme comentado anteriormente, as tendências mais seguras devem encontrar a massa reticente e não confiante. Apesar das pequena bull trap no diário ser padrão bullish de curto prazo, os níveis de confiança nesse rally estão além do que poderia considerar uma "barbada". Ainda continuo achando que não teremos nenhum price action playable - como diriam os yankees - antes da divulgação do 4Q09 dos bancos de Wall St. Nesse momento o mercado não me parece playable em quase nenhum timeframe. Daytraders não conseguem tirar o seu porque os grandes rallies têm ocorrido no gapup (de um dia para o outro) e depois o price action percorre um range meio curtinho durante o dia. [Não fazer nada é também uma postura agressiva. rsrs]

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

2010 Starts With (Minor) Bear Traps!

Nada como o hindsight. Provavelmente a última meia hora de sexta-feira foi obra de program trading ou de qualquer outra anomalia, enquanto "ninguém estava em casa". O fechamento de hoje deu-se acima das máximas dos beltholds negativos do diário, estabelecendo 52-wk. highs. Justamente o que achava menos provável na sexta-feira (!). Produzir bear traps envolve um bocado de disposição por parte de compradores. Acreditem ou não...médias yankees entraram em zona de compra no primeiro dia do ano (DJIA acima de 10.550 et alli). Esse negócio um dia pode terminar mal, mas não agora. Com preços não se discute. Price, price, price!

Hoje o Morgan Stanley recebeu dois upgrades antes da abertura e acabou de maneira trágica com o sonho dos vendidos. Talvez esteja aí um dos drivers para as altas fortes dos papéis de Itaú e Bradesco hoje. Short sellers cresceram muito em quantidade nos últimos dias, especialmente em Citigroup e Bank Of America (hat tip to Short Squeeze.com). Divulgação de balanços dos grandes bancos yankees começam na terceira semana de janeiro e vendidos podem ser forçados a zerar com violência. Financials posssuem grande peso no SPX. Se esse cenário se concretizar, my friends, preparem-se para ver SPX bater nas proximidades de 1.200 - próximo checkpoint - no início de fevereiro.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Debut In '10 On Last Minutes of '09

Deveria primeiro trabalhar nos acertos e desacertos de 2009 como fiz em 2008. Isso fica pra segundo plano porque US equities fizeram na última meia hora de 2009 o imprevisível. Quanto mais tempo estudo o assunto mais me impressiono com as idiossincrasias do Mr. Market (nomenclatura preferida de Mr. Buffett). Nesse curto espaço de tempo:
  • Qs romperam com volume seu suporte intraday de 45,90;

  • SPX caiu forte até seu suporte imediato em 1.115 e lá ficou;

  • DJIA encontrou então forte oferta na área de 10.500 e sucumbiu.
Primeira pergunta que me faço é: Quais as reais possibilidades de que seja apenas um shakeout intraday para novas altas (52-wk highs) na primeira semana de 2010? A princípio não são animadoras. A título de curiosidade...anteontem analisando alguns tickers de setores yankees descobri que existia/existe uma quantidade estúpida de contratos em aberto fora-do-dinheiro (OTM) de vencimento em janeiro para Utilities Select Spdr (ticker XLU)*. Ontem cedeu nada menos que 1,43%. [The crowd is wrong most of the time!] Essa situação se repete em menor escala para outros setores.

Alguns outros technicals não são muito favoráveis como falado anteriormente. [Daí o alerta de que novas compras nesses níveis são temerárias]. Um deles é a volatilidade intraday baixa, com repercussão nunca além da tendência terciária (assunto do momento). Na última vez que abordei en passant o VIX (clique aqui) ele estava meio longe da área crítica e via algum upside para equities a partir daí, o que de fato ocorreu. A perda da pequena LTB (l. branca) deixa aberta a possibilidade da continuação dessa retração.
Happy new year!
* Bueno...essa o amigo Seagull pode confirmar. ;-)