Conforme comentei em outras oportunidades, o processo decisório por meio de charts analysis não é uma atividade preto-no-branco. Na maior parte do tempo, em qualquer timeframe examinado, chart são ambíguos. Então, em lugar de algo "preto" ou "branco" esperem muitos "tons de cinza". E o que fazer quando os technicals estiverem alinhados? Nessas poucas vezes, amigo. Não pense duas vezes. Pule com os dois pés dentro do barco. Lembro a última vez em que isso ocorreu e não pude participar da festa...numa tarde opções ATM de Petrobras PN subiram mais de 100%. Não participar de um rally previsível é doloroso.
Em processos de reversão devemos esperar uma redução progressiva da volatilidade aliado a um price action benigno. Ocorre que aquela - apesar dos níveis estratosféricos - não se reduz. Leigos têm opinião contrária. Imaginam que dias de abertura forte nos mercados - depois de circuit breakers* acionados no dia anterior - são sinais de compra, quando na verdade são excelentes oportunidades de venda. Bottoms são fenômenos extremamente complexos porque envolve um "vai-e-vem" intenso (ebb-and-flow) na psicologia da massa.
A débâcle atual dos mercados - se avaliada pelos níveis de volatilidade - já é bem mais potente que o estouro da Bolha Dot Com na Nasdaq. Se imaginarmos que atingimos esse estágio em uma leg down apenas percebe-se que o potencial destrutivo do bear market que vemos é imenso**. Na época havia a percepção de uma bolha setorizada, hoje os mercados parecem ter perdido noção de precificação. Os preços correntes dos assets pelo mundo embutem uma combinação cancerígena de alavancagem e excesso de Ms (meios de pagamento), resultante de uma política monetária permissiva dos bancos centrais.
* A propósito, de que adianta circuit breaker se os negócios com ADRs na NYSE e a atividade lá continua normalmente? Só em Pindorama mesmo...
** Se quiserem comento sobre o assunto em outra oportunidade.
6 comentários:
Alex:
queremos, SIM,
comenta sim...
iene, digo, YES
mastroq a foto
Flap.
Eu te digo que esse bear está assustando até os próprios bears.
hehehe
S., um short em uma queda em linha reta é tão arriscado quanto uma compra em um rally parabólico. O mercado não está bearish. Está em crash mode.
FACT:
concordo again, como sempre.
a Broxespa (ou Bofesta, tanto faz) só vai começar a cair de forma decente, no rítmo do vai-vem convencional, depois que passar pelos 34 kg... aí vai ficar mais comportada.
acontece que alavancaram cêrca de 700% neste looongo Bull, hoje capão, enquanto a Matriz INDU só dobrou... foi uma geométrica!... e à escalada abupta corresponde um despenhadeiro.
BRAÇÃO.
Grande Fact,
É compreensível o estouro dessa vez ser maior do que o da Nasdaq... naquela ocasião o câncer estava mais ou menos restrito às empresas de tecnologia, enquanto que agora a doença não se restringe só às empresas que dependem de crédito, pois essa toxina se espalha não só pelas empresas mas afeta todo o ciclo econômico do ato de emprestar o dinheiro ao consumidor ao empresário. E, muito mais do que a Nasdaq, o dinheiro atualmente circula livremente pelo mundo, o que contamina vários países.
Ainda assim, acho que alguns setores ainda têm chances de saírem bem desta, mas ainda não é muito fácil precisar quais.
grande abraço
Crash mode, Fact, acho que ainda não.
Para o meu padrão bear, seria preciso uma sequencia de dias fechando em limite de baixa.
hehe
Mas isso é só pq eu sou o geniozinho do apocalipse.
Afora isso, algumas ações finalmente começam a ser negociadas abaixo do preço justo.
Poblemas é que nessa equação ainda não entrou o desfalque nos lucros, que certamente ainda está para vir.
Sds!
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