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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

SWAPS: Gambling In Corporate Life

Empresa de energia elétrica comunicou ao mercado em meados de agosto último que havia fechado uma operação de swap com uma instituição financeira. Mais uma! Dessa vez não se negociaram contratos do tipo target forward, operação que trucidou o resultado anual de algumas empresas de capital aberto.

O Conselho de Administração de dita empresa inovou (pra pior, claro). Vide trecho do fato relevante acima. Resumo da ópera: Os contratos de 60 dias só gerarão retornos positivos se houver valorização de suas ações ordinárias. Já a banca só perderá se houver valorização das ONs além de determinado ponto. Tal breakeven só pode ser calculado se forem fornecidos a taxa de performance mencionada e o percentual do CDI. Até onde verifiquei junto a um amigo, um dos maiores vendedores do papel era...Quem? Quem? A mesma instituição financeira que figura no outro pólo do contrato! Da data do comunicado pra cá as ONs já caíram mais de 25%. Ouch!
Bueno, os contratos estão limitados a R$50M, o que não deve ser suficiente para quebrar a empresa. Nas palavras do Sr. Diretor de Relação com Investidores:
"Este investimento financeiro (grifo meu) reflete a percepção da administração da XXXX quanto ao potencial de valorização das suas próprias ações."
You kidding me? Agora gambling é investimento financeiro? Gostaria de saber onde pescam esses gênios das finanças corporativas.

9 comentários:

Samuel Ramos disse...

é por isso que no meu glossário, na letra F, tem isso

Fraude: É e sempre será a operação mais lucrativa do mercado financeiro, por isso mesmo, disponível apenas para poucos players. Se você não integra esse seleto grupo, só considere realizar uma fraude se quiser ser preso.

sds!

Fact Finder disse...

F de Fraude e de Ferro no acionista. Claro que ninguém ou nenhuma associação questionará isso via email ou socando o olho de um Conselheiro...
Ê, ô, ô,ô, vida de gado, povo marcado, ê, povo feliz.

Fact Finder disse...

Vou fazer o meu glossário também...
B&H - buy and hold
B&HB - buy and hold the bag (muito praticado em Pindorama). hehe

Anônimo disse...

Fact,
o IEE, cuja empresa mencionada participa com 6% de peso, caiu no mesmo período 12%.
CM

Fact Finder disse...

CM, valeu pela info. Nessa seara quanto mais se cavar mais m. vai sair. A maneira mais fácil de se enriquecer em Pindorama é criar instrumentos financeiros "duvidosos". Como diz o S., isso é pra poucos.

Anônimo disse...

É isso aí Fact.
O livro do Livermore tem quase 90 anos e já falava dessas coisas.

Marcus disse...

Provavelmente é uma pergunta ingênua, mas porque não se comenta o nome da empresa? E porque ele foi riscado da imagem do "fato relevante"? Os fatos relevantes não são públicos?

Fact Finder disse...

B., o fato relevante é público. Mas os comentários são personalíssimos. E não estou a fim de levar um processo por danos morais pela proa. Simple as that. :)

Anônimo disse...

a criatividade não tem limite em se tratando de lesar o minoriotario.
Sendo que enquanto em outros lugares de vez em quando pegam um e põem na cadeia para servir de exemplo.
Em pindorama os mesmos players são capazes de sair até em capa de revista como exemplo de administração

Marcus Maia