Diferentemente da grande maioria dos sítios e blogs "financeiros", permito-me seguir a linha de Nissin Taleb. Em um trecho de uma entrevista já publicada no MFF (aqui) disse o seguinte: "Então quando você escuta o rádio, o mesmo programa terá a mesma duração. Não importa se o ativo se moveu 5 ou 23 pontos". Trazendo o assunto à nossa realidade, deve se ressaltar que nenhuma classe de ativo conhecido, à exceção do par USD/YEN, salvo melhor juízo, produziu movimento relevante, desde o início do ano. Coincidentemente o período de mercado insosso juntou-se a uma sequência de compromissos pessoais e profissionais. So much the better. :)
O rally em equities (ações) ainda não atingiu até a presente data parâmetros que me façam pensar em correção. Provavelmente essa ideia vai contra a opinião da maioria dos leitores do MFF, que ainda acredita ser a condição de sobrecompra necessária e suficiente para que retrações ocorram. Os technicians puros têm grande relutância em continuar com posições compradas em mercados "sobrecomprados", como o atual. E acredito que muitos já ficaram pelo caminho, frustrados. A mídia apedeuta ainda traz no noticiário "novidades" sobre o default das obrigações da Grécia. Percebe-se, ainda, pessimismo insistente nos jornais televisivos, o que - diga-se en passant -, não combina com major tops.
6 comentários:
Fact,
li uma entrevista do bigest player Warren (o mestre dus homi) about a situação atual no Mercado Financeiro Internacional, focada no frisson que ora ocorre na Grécia, com uma visão fundamentalista, lá dele, do início e do inevitavel final desta novela que se iniciou em 2.008, lá nos States, com a maciça injeção hospitalar 'curativa' de dinheiro papel no MF global, a partir da UTI G-20; e êle é bem claro ao dizer que a posição restritiva da Alemanha, mesmo que certa, é equivocada.
na realidade o que muitos players, ainda posicionados, esperam, e muitos na falta até de alternativas, é que a estratégia de mais esparadrapos mantenha o atual status no mercado bursatil.
o que vai ocorrer com a Grécia, nós bem sabemos: após mais um curativão da dupla BCE/FMI, já que o atual é só um refrêsco, a coisa acaba é quebrando mesmo e o que se vai discutir será que nome sofisticado dar a tal merda. Portugal e Espanha, entre outros menos votados na linha desgastante de resistência, estarão, como estão, na fila de tal macabro desfile onde vai haver ainda muita alegoria, na criatividade dos Joãozinhos 30 do carnavalesco anedotário Analítico .
tudo isto porque, até agora, nenhum govêrno mundial, o da locomotiva gringa à frente, peitou os bancos do SFI, disciplinando a cancerosa cataplutagem financeira que originou o alarme de 2.008 nas terras do Tio Sam; talvez porque os condutores de políticas econômicas e gestores oficiais de finanças do mundo todo sejam, em sua esmagadora maioria, pessoas oriundas do próprio sistema bancário, consciente ou inconscientemente, mas sempre inegavelmente, comprometidas com suas origens.
em resumo o que vimos, de 08 pra cá, é que excesso de dinheiro para tapar buraco de bancos, acaba nas mãos de políticos e o que políticos fazem com dinheiro, né uái... pôiZé, tadim do povo grego, tadim de quem é povo.
afinal, caro Mestre, outro dia, orfão no saber dos por quês das coisas, mas sem crer nas carochinhas de que banqueiro é mal indispensavel aos tais de desarôlhos, perguntei ao meu oráculo cigano do Penhaskim o que é mesmo que os bancos, sem nada criarem, senão inventar dinheiro que não existe, produzem e a que ...custos sociais finais... e ali fiquei embebido de um profundo e esclarecedor silêncio.
quá, reli, vou apagar; but, vai e a cupla é sua: não houvesse o seu blog, onde eu postaria tamanhos sacrilégios?
( )ÃO!
Akilino, não sei se sabes que o Federal Reserve Bank é uma instituição privada, mantida pelos bancos do sistema financeiro americano. Essa informação não é segredo, mas não costuma ser do conhecimento até de investidores com alguma experiência. O sistema atual é exclusivamente baseado em alavancagem, endividamento e multiplicadores bancários. Não é preciso ser um economista da Escola de Mises para saber que no longo prazo é insustentável. []s
Não se esqueçam do efeito QEn, ou senão esse rally provavelmente nem estivesse acontecendo... Os problemas de gregos e troianos ficam prá mais tarde (que a coisa é séria é, mas a lambança monetária é muito maior).
Ave, Alexander Magister!
no filme 'Grande Demais para Quebrar', a "coisa" gringa de 2.008 é tôda desnudada de forma a mais explícita, tipo assim um pornô barato que o mundo inteiro já paga caro.
k-çild's & credo cumpadi.
Ave, Leo!
Leo, o endividamento natural do sistema se dá a conta-gotas. Os QEs, aos baldes. :)
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