"Falando de menos dor...depois de 5 dias seguidos no vermelho ações repicaram com força. Com tanta força que esse é o melhor rally de 2 dias do ano.
O que está por trás desse movimento?
Algumas notícias favoráveis da Europa mostrando que as taxas dos títulos espanhóis e italianos estão caindo a partir dos picos recentes. Adicione a isto rumores de um crescimento melhor que o esperado na China junto com relatórios sólidos pra começar a temporada de resultados e cria-se uma potente combinação.
Daqui para onde vamos?
Tudo depende da mistura desses 3 ingredientes: dívida européia, crescimento chinês, e economia norte-americana, tendo os lucros do primeiro trimestre como peça central. Se esse trio vier melhor que as expectativas então testaremos o topo recente [1420] e provavelmente seguiremos para topos mais altos. Se piorarem, romperemos para baixo da MM de 50 dias para testar regiões próximas dos 1300. Se a expectativa permanecer a mesma, aí espere um mercado de lado entre 1370 e 1420.
O que eu acho que irá acontecer?
Coloco as maiores chances no último cenário com rompimento pra cima em seguida. E um rompimento pra baixo como a hipótese menos provável (mas possível). Considerando essa expectativa continuo ainda 100% comprado em ações mostrando alto ranking ***** para me dar maiores chances de resultados acima das expectativas e subsequente alta nos preços. Obviamente que te recomendo a mesma abordagem." (13/04) O trecho acima, traduzido livremente, foi extraído de uma conhecida newsletter diária norte-americana de distribuição gratuita. O legal é que a análise faz muito sentido, algo com o qual fundamentalistas muito se identificam. Cai se os resultados ficarem abaixo das expectativas. Sobe se ficarem acima das expectativas. E não irá a lugar algum se coincidirem. Infelizmente o que parece ser racional raramente ocorre. No entanto, se ocorrer pode apostar que o resultado será pífio. O que é racional, de bom-senso e agradável traz audiência. Por isso, ao contrário, o MFF hoje possui apenas uns 30 leitores fixos. Nada que escrevo é de consenso, agradável ou racional, segundo os parâmetros da pessoa comum. E espero que assim continue enquanto estiver escrevendo por aqui. Quem compreende as forças e as expectativas dos intervenientes do mercado sabe que notícias não alteram a direção do price action. Provocam ruídos intraday, se tanto. "Fact, se você não acredita nessas newsletters, por que as assina?" Simples. O conjunto delas me fornece um excelente gauge de sentimento do mercado. Nenhuma delas individualmente me influencia. Apenas o conjunto delas o faz. O teor da newsletter acima espelha ainda um viés otimista. Não é exacerbadamente otimista, mas apenas otimista. Nesse momento falar em pullbacks é algo impopular e provocará reações irritadas de traders, que sempre carregam expectativas altistas. [E por aqui essa tendência é mais forte porque operações vendidas são nitidamente mais onerosas.] Por isso viabilizar em Pindorama empreendimentos comerciais na Web e bons serviços de market calls é o mesmo que fazer água e óleo se misturarem. E la nave va.
7 comentários:
Quase nunca entendo oque você escreve rsrs, mas sempre estou aqui para ler =)
Abraço.
gostei muito de ler a tal niuleter e concordo em gênero, número e grau com a hipótese de que - de degrau em degrau - o bursatil será varrido pela Tsú provocada pela orgia dos tais Derivativos, quase tôda essa josta hoje mais derivada de Passivos que de Ativos, em que principalmente os plurimutuários gringos, metidos a ativos, foram os melhores cobaias Iniciados (han?) e agora aguardam, passivamente, por um milagre... of corzi, tendo em vista que esta COISA todinha, começou, justamente, de um outro milagre, tipo a multiplicação para distribuição de pães pro povão... BUUUT (KD o alpinista?), ela é, na verdade, uma perversa progre$$ão geométrica, hoje quá, quatrilhonária, de grana papel, distribuida pela e para a santíssima Banca, etc, biquá: vivo me repetindo tipo o cara berrando no deserto.
Fact, reli isto aqui e boiei... peça ao Marx pra traduzir pô, rsrs.
Fact, essa leitura está meio longe de ter um viés fundamentalista. "Vai subir, vai descer, rompimento, expectativa de crescimento, preços" são jargão do mr. Market. Fundamentalmente para o fundamentalista essa bullshitting é ruído. Faltou ao menos uma menção a um P/L...
abs
L., essa é a maneira predominante pela qual fundamentalistas enxergam preços, notícias e sua interrelação. Certamente que não é no que eles se baseiam para decidir momentos de compra e venda. Know what I mean? :)
O P/L não é uma notícia. É praticamente uma estatística permanente dos mercados, assim como várias outras métricas.
M., se você compreender por que passo tempos sem escrever nada já estará na frente de muitos. ;)
Akilinus, Marx está seguindo suas pegadas. Tb está escrevendo em linguagem messiânica. rsrs
[]s
Fact, eu vou engolir o "predominante" pois como você pode imaginar eu até hoje não dei muita bola para estatísticas comportamentais. Sob a ótica do público médio dessas newletters eu entendo sua argumentação, mas só vejo uma relação 'subliminar' entre sua observação e o conjunto desse público que é fundamentalista... :)
L., participamos de um grupo onde movimentos incomuns em papéis são "explicados" por notícias, principalmente quando alguém escreve o tradicional: "Alguém sabe por que isso está acontecendo?" Fundamentalistas acreditam que "notícias ruins" derrubam mercados. Não estou falando de value investors tradicionais. Falo da maneira como fundamentalistas tradicionais associam movimentos de mercados a notícias, exatamente como o autor da newsletter fez. Fundamentalistas são adeptos do bom-senso. Só que o bom-senso só dá resultado no loooongo prazo. :)
hehehe... quá, pior: ambos estão certos, rs.
é adoravel o frisson dialético, principalmente o de alto nivel e até no bursatil, quando, no caso, o contraditório se dá em diferentes perspectivas (AT e AF) e em tempos distintos (tipo o CP e o LooooongoPAPDV); but, expresso suave e afavelmente e entre mentes brilhantes; pois é brisa agradavel e refrescante, enquanto que se lê tantas besteiras e absurdos porrrraí, seja sôbre mercado, ou seja, e mais execravel ainda, sôbre as baixarias de nosso fétido mundo político.
como sempre, mui BREVEMENTE, fugindo do foco específico desta praia solidária de heróica Resistência (feche a boca Sir, para não engolir os confetes), alerto para a bôlhinha automobilística tupiniquim, já às vésperas de estôuro, onde a COISA vem funcionando tipo assim: 'a nova classe média' (vd, FHC), criada pelos sábios economistas do PT e incentivada pelo discurso consumista tipo ôba-ôba, FINANCIOU, além de outros, um de seus sonhos, o carro próprio (em até 60 meses),
sem olhar para o custo final, já que só importa (lhe diz, só sorrisos, o vendedor) o valor da prestação... BUT, bem depois de dirigir tal irrefletido e cruel carregamento financeiro, pensa em trocar por um outro, um modêlo mais novo, diferente, mais caro, coisa linda, mais chic, etc...
mas, o modêlo 'antigo', dependendo da quantidade de prestações já pagas, não pode ser dado de entrada, porque - lhe diz agora a revendedora - ainda deve mais do que vale e portanto não vale nada, nadinha; e muito ao contrário, é deficitário e ninguém o quer, nem de graça... e é justo alí que enganosamente, o nosso irremediavelmente perdido 'novo clásse média', começa a analisar que o tal negócio de loooongo prazo é o pior negócio do mundo, pois, no caso do seu sonhado carro próprio, digamos um de 30 mil (seu mesmo só após os 5 anos de parcelas) virou mais um derivativo e sumiu, já ao custo final de mais de 50 e não vai valer nem 10... e assim, na gastança, tal Classe banca a fome gananciosa da Banca.
êita FHC que foi bom, mas ,agora, deveria ser oposição ou ficar calado; êita ôba-ôba oficial, êita Banca nacional!
a próxima pedra do nosso dominó seria, pela ordem, a da casa própria (caríssima), entretanto, confiemos na Dilma: ela 'diz' que aqui não é os EUA... quá, lembro-me do Collor que 'dizia' que se eleito a Poupança seria intocavel e que seu govêrno seria dos descamisados e dos pés descalços... in fact (rs)ganhou e naquela ninguém mais tocou; enquanto êle recebia, pelo lago, nos fundos da casa da Dinda, descendo de suas lindas lanchas, os seus amigos, só de shorts, descalços e sem camisas.
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