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domingo, 5 de agosto de 2012

Pindorama, A Revolução dos Imbecis

[Não, não errei de blog. O título é esse mesmo.]

Quando era criança toda vez que começava uma frase com "a gente" meu pai não deixava terminá-la. Interrompia dizendo "nós". Trago comigo essa grata reminiscência da infância. Na época expressões do tipo "a gente vai" soavam meio estranhas. Embora a concordância estivesse, claro, correta.  "Nós vamos" ou apenas "vamos" (e suas variações fonéticas) era o padrão falado. 
Não foi até o surgimento da internet que a maioria dos indivíduos razoavelmente letrados teve conhecimento do fato inequívoco de que milhões e milhões de habitantes de Pindorama dominam apenas elementos básicos da Língua Portuguesa. Confesso que, de início, pensava estar minha amostragem viciada (para pior). Ou seja, supunha que meu universo amostral não refletia a média da população. Com o passar dos anos comecei a observar que esse era o padrão da população de classe média das grandes capitais. Esse é um fato indubitável ao percebermos que, inclusive, profissionais de jornais de grande circulação incorrem em erros de concordância gramatical e sintaxe primários. Nessa seara corretores de editores de texto ainda têm utilidade muito restrita. E sítios comerciais (companhias aéreas, corretoras de valores, dentre outros) trucidam diariamente o vernáculo. Os únicos que preservam o seu uso correto, smj, são colunistas da velha guarda de periódicos. Emissoras de televisão são o principal veículo de propagação de barbarismos da língua. "Vamos se vestir", "pra mim fazer" e outras excrescências são facilmente encontradas nos programas televisivos.


Se você utiliza corretamente sinais gráficos como crase, considere-se um privilegiado. Se você sabe quando escrever "por que", "por quê", "porquê" e "porque", considere-se um sério candidato à Academia Brasileira de Letras. Dados do Instituto Paulo Montenegro mostram que 38% dos universitários não dominam totalmente habilidades de leitura e escrita (aqui). E 4% dos graduados no ensino universitário são analfabetos funcionais. Ou seja, Pindorama - o país do embuste e da empulhação - deixa também sua marca indelével no sistema educacional. Infelizmente na Idade Moderna a transmissão do conhecimento se dá em grande parte por meio da escrita. Vejam que se é possível comprar gasolina com 20% de etanol, "parcelar em 12 vezes sem juros" e "não aumentar a dívida pública com aportes do Tesouro ao BNDES" por que não ser beneficiário de um "diproma de nível superior"?
O projeto de imbecilização do brasileiro vem de longa data. Já era um modus operandi conhecido da Coroa Portuguesa. Temia-se que locais letrados questionassem o domínio das colônias. Não por acaso as instituições de nível superior por aqui não surgiram antes do início do séc. XIX. A título de comparação, saiba-se que, por exemplo, as Universidades de  São Domingo e a de São Marcos (em Lima) foram criadas, respectivamente, em 1538 e 1551. Isso explica em grande parte a discrepância atual entre os níveis de desenvolvimento humano das ex-colônias espanholas e portuguesas. Pelo status quo a defasagem tecnológica do país está praticamente garantida pelas próximas 4 gerações.
A índole acomodativa do habitante já colocou no Palácio do Planalto um semianalfabeto e uma mestranda que mantinha currículo falso na plataforma Lattes do CNPq. O princípio   "one man, one vote" vaticinou que a nossa revolução se dará pela mão dos imbecis (qualquer que seja ela).

7 comentários:

André disse...

A vida como ela é...MUITO BOM FACT!!!

Fact Finder disse...

A., como diz aquele velho ditado, se acham que a educação é dispendiosa, esperem para ver o preço da ignorância. Essa conta aí embaixo vai sair cara:

"...These protectionist moves in automobiles, energy, as well as
in many other areas of the economy create inflexibilities that
make it harder for Brazil to adapt to changing world economic
conditions. When Brazil averaged 5% real GDP growth or better,
the costs were less visible. In these tougher times, protectionist
policies that work to insulate Brazil’s industry from external
competition are probably shaving 1% to 2% off the long-run
real GDP growth average for the rest of the decade...
"

Fonte: Site CME Group, Relatório: BRIC Update: Slowing Growth in the Face of Internal, External Challenges.

aguia disse...

Sir,

lembrei-me da memoravel aula de um professor Português (êle, o tal galego era ótemo e lecionava Português, o que parece obvio, but não era), sôbre a "partícula" QUE e suas peraltices, ora com chapeuzinho, ora não e emendada ou não quando conjugada ao tal porrrrrrrrr: foi a séculos atraz, lá no Colégio Rio Branco, nas Laranjeiras, onde fiz meu curso Científico (na época a escolha seria o Clássico - sem Física e Química - para onde corriam, digo, rs, acorriam, os medrosos e os futuros 'baixa réus', rs again).

pulando para o assunto do STF, me espanta que nem alí se veja simplesmente o que de fato aconteceu, tão simples foi a COISA:

depois daquelas eleições, logo após a posse de Lula, êle e seu alter ego viram ( pelos olhos de quem realmente enxergava e que era o Zé Gurú, digo Dirceu) que precisavam COMPRAR mais uns Partidozinhos para formar a tal 'base aliada' para poderem: 'governar' a 4 mãos, e finalmente 'enfiá-las'... e... aproveitando que tanto o PT, quanto as tais pequeninas legenda$ estavam pendurados em dívidas eleitorais e outras tantas tais, montaram o esquema para gerar grana vapt-vupt, via bancos enrolados idem em outra Liquidação; a ser assim ela, a grana, gerada, depois, via desvios de recursos do povão, digo, nosso; digo, da nação, pelas tais vias habituais.

Houvesse 'saco', Congressual, e tal crime, eleitoral sim, teria redundado na, facilmente provavel, Cassação de Lullinha; ou, na menos palatavel, e ou improvavel, anulação do pleito... BUT, ao que constou, escancaradamente, a quem também olhos tinha - os poucos nativos conscientes - nem mesmo o PSDB, tal qual sujinho laaá em MG, se sentiu 'confortavel' para encarar o barbudo, os seus votos e a sua tropa do cheque, digo, de choque; digo, de cuecas e quá... etcs.

mercado?! ... ONDE?... [ [s.

Jacques disse...

Fact

Relaxa, Não existe lugar melhor no mundo. Sol, comida farta e one man, one and half woman.

Estudar prá que ?


Saudações

aguia disse...

todo o dinheiro desviado pelos viados de sempre, em nossa pátria amada, salve, salve, serviria para matar a fome de todos os sem-comida e alavancar a qualidade do ensino, com modesta e mínima criatividade, através investimentos tanto na sua estruturação Administrativa quanto na mão de obra docente e aperfeiçoamento das praxes técnicas do setor (como os processos pedagógicos e métodos laboratorias para o aprendizado); já que o material didático, principalmente nas matérias de ponta pre-existe e consta em compêndios universais.

o crime maior do crime da corrupção não é apenas o do fato delituoso em si, mas, na maioria de seus efeitos nefastos, a evasão, para os tais paraisos fiscais, de recursos públicos que fazem falta para a execução de projetos mais modernos à aplicação dos mesmos em áreas estruturais - e me permito dizer - que assim, o setor de Educação, ao lado do de Saúde Pública que estão no tôpo da pirâmide das necessidades de investimentos sociais, ao lado da outra dos investimentos em obras de infraetrutura, alavancadoras básicas da melhoria da produtividade (nos setores produtivos privados e na desastrosa inércia ou incompetência do respaeldo funcional do setor público), aqui, na nossa rica e pobre Pindorama ainda patinam no barro da incompetência gerencial, barro batido na lama da desonestidade na aplicação - e principalmente na sua fiscalização - dos meios e recursos, existentes sim, para a estruturação apropriada de tais alicerces econômicos, desviados sempre, pelos viados de sempre.

Fact Finder disse...

Sim, Akilinus Maximus, a corrupção, em sentido amplo, é uma doença típica do subdesenvolvimento. Uma das raízes do problema não é nada senão a falta de EDUCAÇÃO. Quem não domina a sua própria língua jamais se destacará em nenhuma área das ciências humanas.

aguia disse...

quá... pensei em postar algo sôbre a recente desnudez de Lullinha-lá, lá no palco da novela Mensalão, das 14 hs no canal Justiça... BUT, como k não cabem questões tais, me calo; mesmo que achando que isto phode ser um enorme calo no pé ligeiro de tal Corleone, rumo à uma sonhada volta em 2.014, rolo-compressurizando Dilminha, pois: se Rei morto, Rei pôsto... Rei nú, Rei decomposto (se bem que eu idem votei em tal engôdo, vestido de moral e ética, assim como lamenta ter votado o cara que deixou o Lula pelado, o tal aD-vogado do tal macro-mensaleiro Roberto 'Ôlho-rôcho' Jeferson.

penso, após bem pensar e repensar que - ao contrário dos dizeres, rabulentos, dos atores defensores, nesta novela circense, como sempre desclassificatórios da Acusação - os ansêios de um povo de um país democrático e de imprensa livre, como nossa pátria amada Pindorama de 2.012 (mesmo que grotescamente comparado ao clamor das massas, sem voto e sem imprensa, de França, sob ditatorial Reinado cruel, séculos atraz, com guilhotinas seculares idem), devem sim, serem levados em conta sim, em govêrnos do povo (traduzindo para tais ignaros pomposos a palavra Demo-cracia), seja por juiz de briga de galos, seja por uma Côrte Máxima de Justiça - ... e poirrrrrfalar em povo e justiça, cabe, agora, aos que julgam, exemplarem sim, didáticamente sim, o povo sim; para que gente como a gente, êste pôvo, nosso, possa, algum dia, voltando a crer em coisas como decência e honestidade, competência e probidade, no gerenciamento público; se importar, com algo tipo assim 'o aprender a votar'; quando e se, se der ao povo, através o filtro, hoje inexistente nos atuais Fisiológicos Partidos Políticos, nomes decentes, moral e éticamente garimpados, de pessoas idem, que possam dignificar e merecer voto popular; quá, repito: maior dor é a que sinto quando tais energúmenos congressistas atribuem ao nós povo, o não sabermos votar... se não podemos selecionar nada melhor que maçã podre, nas cestas que tal podre Sistema nos oferece, sempre cheias apenas de macãs podres.

sorry, Fact, but, nem vou reler, tão sórdido o tema e me faça o favor, lendo ou não, de, lhe convindo, apagar esta merda