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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Shakeout Or Wearout?

Dias desses li uma pequena newsletter de um analista de viés-fundamentalista. O título era mais ou menos o dessa postagem. Com concisão típica da Língua Inglesa o autor resumiu em duas palavras uma das duas maneiras que eu, você e todos acumulamos perdas. Não chegou a entrar no assunto em si. Então permitam-me abordá-las:

SHAKEOUT: Você tem quase certeza de que o ativo seguirá em uma direção e, por isso, assume sua posição (comprada ou vendida). Contudo, sem mais nem menos, em vez de fazer o zig, o papel faz zag. Você, incrédulo, zera com perdas sua posição no pior momento possível. Enquanto você ainda lambe a ferida, o papel faz meia-volta e dispara na direção que se supunha. A essas alturas, você simplesmente está psicologicamente destruído para assumir a mesma posição da qual acabou de se livrar.

WEAROUT: O papel desenha aquele padrão que você aprendeu no cursinho do fórum do "Fecha-fora-fecha-dentro", p.ex. Aguarda-se o mesmo desenlace do livro ou do slide. Só que o ativo parece fazer algo estranho e você acaba questionando a validade do padrão. Vários ativos mostram força, menos o seu. De tanto esperar você é vencido pelo cansaço. Acaba zerando sua posição e segue adiante. Não muito tempo depois você sabe por terceiros que aquele mesmo papel disparou.

A pergunta natural é: Como minimizar esses tipos de infortúnios? Muitos devem dizer que é adotando um setup confiável. O dogma do setup é muito interessante porque podemos sempre atribuir perdas à sua falta de confiabilidade. Poucos compreendem que o setup gráfico só será eficaz se a estrutura de preços assim permitir. Em outras palavras, qualquer setup que você inventar em seus devaneios será eficaz em algum momento. No entanto, são vendidos como a solução dos seus problemas, porque as pessoas esperam regrazinhas fáceis de serem seguidas. 

O meio mais eficaz para evitar o encontro frequente com a dupla shakeout/wearout é meramente comportamental. O pragmatismo é ferramenta essencial do especulador. Se é muito bom pra ser verdade melhor acreditar que é mentira. Se é óbvio para você acredite que o é para a maior parte do mercado. Os pontos de entrada e saída mais seguros serão quase sempre aqueles insuspeitos. Não compre breakouts e não "shorte" selloffs. Na maior parte das vezes a transição de regiões de baixa volatilidade para as de alta dependem de triggers (earnings surprise, economic numbers, etc.). Easier said than done, huh? Esses padrões de comportamento (mindset) requer boas doses de experiência e disciplina. 

Um comentário:

aguia disse...

Sir,

se me permite acrescentar, já que isso daí é assunto mais próximo da dogmática penhaskística, o perfeccionista Pat Hearne (figuraça também lendária nas praias de WS, à mesma época do mais celebrado e famoso (but menos eficaz) Jesse James, digo, Livermore), o velho Pat, êsse sim, operava por seu singelo sistema de small targets e se não acertasse a mira de sua 12 de prima, acabava sempre pegando os seus módicos coelhos, mesmo nessas duas sinucas de bico (tipo assim de grão em grão ou de degrau em degrau).

áxu, rs... e 1 puta abraço, chefia.