DISCLAIMER


DISCLAIMER: 1. The risk of trading equities and/or derivatives can be substantial. 2. Any decision to purchase or sell as a result of the opinions expressed in this blog will be the full responsability of the person authorizing such transaction. 3. Past performance is not indicative of future results.

terça-feira, 17 de julho de 2012

This Situation Sounds Familiar?

Você reconhece que um ativo está "esticado". Quer comprá-lo mas experiências anteriores o aconselham não fazê-lo. [Afinal quantas vezes você comprou nessa situação e se arrependeu pouco depois?] Como imaginado, o papel para de subir em um dia. No dia seguinte começa a ceder. Mas no final da tarde se recupera e fecha perto das máximas. Você fica meio frustrado. No dia seguinte os mercados futuros estão banhados de vermelho. Aí vem aquele sorriso...

Durante o pullback você esfrega as mãos porque está acontecendo o que você tinha imaginado lá atrás. No primeiro dia caiu bem. No segundo, já nem tanto. No terceiro, o papel chega até a abrir levemente no positivo, mas logo cede. Como um astrônomo, você calcula o ponto ótimo de entrada. Só que no terceiro dia o papel em observação chegou pertinho do seu número mágico, o preço desejado. Você vai dormir já feliz da vida contando com o trade perfeito do dia seguinte. Afinal, o máximo que poderá acontecer é você ser obrigado a comprar um pouco mais para cima. Chegou o dia! Você liga seu notebook. Abre o navegador no sítio da corretora. E...para seu desespero os futuros estão prometendo um grande gapup na abertura. Seu papel já não está a poucos centavos do seu "preço ideal". Está a alguns reais! Você simplesmente não acredita. Devia ter comprado no dia anterior.

Por que isso acontece? Chego lá. Mas antes vou contar uma estória: Estava eu em uma dessas livrarias de aeroportos de capitais matando tempo para o embarque. Chamou-me a atenção um livro sobre análise técnica de autor estrangeiro (até conhecido). A obra tinha sido traduzida por um desses renomados picaretóides de Pindorama. Em um dos trechos do primeiro capítulo, o autor (ou o próprio "tradutor") disse que os preços obedeciam a uma curva normal. E ponto. Fechei o livro e fui embora. [Deve ter gente que o compra e acha o máximo.] Preços livremente negociados são regidos por distribuições leptocúrticas. Não obedecem à distribuição normal. Ou seja, é uma distribuição com caudas alongadas e forma mais afunilada próxima da região central. Quanto maior o índice de curtose maior a probabilidade de se encontrar desvios da média.  Por isso, Mr. Market nos choca com movimentos impressionantes todo o tempo em todos os timeframes que acompanhamos. Por isso, quando você espera confirmação de movimentos altistas o topo está mais próximo do que se pensa. Por isso, recomenda-se que posições compradas devam ser montadas em pullbacks. E vendidas, em throwbacks (repiques). Por isso, Mr. Market torra sua paciência até que você abra mão de posições ganhadoras. E por aí vai.

7 comentários:

aguia disse...

FACT: já que seu issue foi "curtinho", leia êste curtíssimo coment macro, digo, macabro, do Ming.

Celso Ming - O Estado de S.Paulo
Nos quatro últimos dias, tanto o Fundo Monetário Internacional como Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), avisaram que entre os grandes riscos que corre a economia mundial está a falta de solução para os problemas da política orçamentária dos Estados Unidos.


É uma situação esdrúxula. Enquanto os grandes bancos centrais são fortemente convocados a imprimir moeda, para desempoçar o crédito e estimular a atividade econômica, o presidente do Fed adverte que são os políticos ou, no caso dos Estados Unidos, é o Congresso que tem de fazer sua parte.

O problema de fundo é que as despesas em 12 meses do governo dos Estados Unidos vêm sendo cerca de US$ 1,3 trilhão mais altas do que sua capacidade de arrecadação. A solução imediata implica expansão da atual capacidade de endividamento, hoje de US$ 15,2 trilhões. Se o Tesouro dos Estados Unidos não for autorizado a emitir mais títulos, a única saída passaria pela drástica contenção das despesas públicas, cuja principal consequência seria uma profunda recessão.

O maior obstáculo para essa solução é a recusa do Partido Republicano em aprovar tanto o aumento da dívida quanto o de impostos. Em agosto do ano passado, o Congresso dos Estados Unidos conseguiu aprovar, à décima primeira badalada, uma elevação da dívida pública de US$ 14,3 trilhões para US$ 15,2 trilhões. Outro aumento desse teto, para US$ 16,4 trilhões, só poderia acontecer com nova aprovação explícita do Congresso. Se o Tesouro dos Estados Unidos não puder emitir mais dívida, o governo terá duas opções: ou passará o calote em parte dos seus fornecedores ou será obrigado a cortar despesas unilateralmente, com os desdobramentos já apontados.

Nos seus dois pronunciamentos no Congresso dos Estados Unidos, na terça-feira e ontem, Bernanke advertiu que essa política fiscal é impraticável. Caso não seja dada prioridade para o controle do rombo orçamentário, ficará impossível garantir a virada da crise americana e mundial.

Na Europa, multiplicam-se críticas ao excesso de austeridade imposto aos países prostrados pelo excesso de dívidas e, ao mesmo tempo, exige-se que o Banco Central Europeu (BCE) tome o mesmo caminho do Fed: emita moeda e, com ela, recompre os títulos de países do euro - especialmente os de Espanha e Itália. O objetivo dessa manobra é criar mais demanda para os títulos, de maneira que os juros possam cair e, assim, mantenham o endividamento sustentável. O governo alemão vetou essa política, que implicaria o uso do BCE para levar todos os países do euro a pagar um pedaço da conta, que é só de espanhóis e italianos. Mas a falta de uma solução duradoura para a crise do euro talvez torne inevitável esse passo do BCE, que atualmente é considerado irresponsável.

A aprovação do Congresso americano para uma elevação do limite da dívida não é empreitada das mais fáceis. As eleições presidenciais serão somente em novembro. E o Partido Republicano entende que, se contribuir para aumentar as despesas do governo, estará favorecendo a candidatura do seu adversário político, o atual presidente Barack Obama.

Fact Finder disse...

"Governments tend not to solve problems, only to rearrange them."
Ronald Reagan

Leo disse...

Estou lendo o livro do Mamis. Ele explica por que os "preços mágicos" de entrada não funcionam... tudo que é óbvio mas que você e a torcida do Boca Juniors esperam não acontece...

Fact Finder disse...

L., então você agora entende por que fóruns frequentados por dezenas de usuários sem expertise não raro são eficientes indicadores contrários...

Jacques disse...

Fact

Uma pequena correção no seu texto : leptocúrticas é a distribuição das variações.

Os gráficos de preços são heterocedásticos.

Saudações

Fact Finder disse...

J., o conceito de homocedisticidade se aplica à análises de correlações de duas ou mais variáveis. Não é o caso. Estamos falando de distribuições mesmo. []s

aguia disse...

quá... pensei em postar algo sôbre a recente desnudez de Lullinha-lá, lá no palco da novela Mensalão, das 14 hs no canal Justiça... BUT, como k não cabem questões tais, me calo; mesmo que achando que isto phode ser um enorme calo no pé ligeiro de tal Corleone, rumo à uma sonhada volta em 2.014, rolo-compressurizando Dilminha, pois: se Rei morto, Rei pôsto... Rei nú, Rei decomposto.

penso, após bem pensar e repensar que - ao contrário dos dizeres, rabulentos, dos atores defensores, nesta novela circense, como sempre desclassificatórios da Acusação - os ansêios de um povo de um país democrático e de imprensa livre, como nossa pátria amada Pindorama de 2.012 (mesmo que grotescamente comparado ao clamor das massas, sem voto e sem imprensa, de França, sob ditatorial Reinado cruel, séculos atraz, com guilhotinas seculares idem), devem sim, serem levados em conta sim, em govêrnos do povo (traduzindo para tais ignaros pomposos a palavra Demo-cracia), seja por juiz de briga de galos, seja por uma Côrte Máxima de Justiça - ... e poirrrrrfalar em povo e justiça, cabe, agora, aos que julgam, exemplarem sim, didáticamente sim, o povo sim; para que gente como a gente, êste pôvo, nosso, possa, algum dia, voltando a crer em coisas como decência e honestidade, competência e probidade, no gerenciamento público; se importar, com algo tipo assim 'o aprender a votar'; quando e se, se der ao povo, através o filtro, hoje inexistente nos atuais Fisiológicos Partidos Políticos, nomes decentes, moral e éticamente garimpados, de pessoas idem, que possam dignificar e merecer voto popular; quá, repito: maior dor é a que sinto quando tais energúmenos congressistas atribuem ao nós povo, o não sabermos votar... se não podemos selecionar nada melhor que maçã podre, nas cestas que tal podre Sistema nos oferece, sempre cheias apenas de macãs podres.

sorry, Fact, but, nem vou reler, tão sórdido o tema e me faça o favor, lendo ou não, de, lhe convindo, apagar esta merda.