[Um followup da postagem anterior (clique aqui)]
Uma vez assimilada a tendência bullish e dissipada as dúvidas acerca da direção do mercado, seu mood lentamente (overlapping) migra para um estado de complacência. Essa fase, como o nome sugere, leva mais tempo que a parabolic trend antecessora. Essas fases - assim como a AT - são fractais e, portanto, estão presentes em qualquer timeframe.
A instalação da complacência pode ser vista em acontecimentos corriqueiros. O colega de trabalho que via cotações compulsivamente diminuiu a frequência desse hábito. O que as via no horário de almoço vez ou outra esquece de fazê-lo em favor de outra atividade mais "interessante". Caem levemente os acessos aos sites e blogs financeiros. Os motéis passam a exibir uma taxa de ocupação maior e os consultórios de urologistas se esvaziam. Enfim...a lista vai até onde a sua percepção alcançar. A reforçar esse comportamento está o aspecto sazonal do mês de maio.
O que comento não deve chegar a ser novidade para atentos Elliotticians que associam (ou deveriam fazê-lo) cada onda a um tipo de personalidade. Talvez o fato novo seja a forma como vejo o mercado, sob maneira mais abrangente e topdown possível.
3 comentários:
Fact, meditando um pouco... há não muitos meses atrás, muitos olhavam perplexos a subida do mercado esperando que um novo bottom aparecesse, o que não aconteceu. Agora, à medida que as pessoas vão se acostumando com um mercado mais calmo, convictas de que não é um sucker's rally, aumenta a probabilidade deste estar acontecendo neste momento caso a percepção sobre a economia volte a piorar...
ou não?
Leo, essa complacência é exatamente o que vulnerabiliza a tendência e leva a overvaluations. O trigger para nova baixa será, de novo, a percepção de que os fundamentals ainda estão longe do ideal.
Onda 2: Ela costuma devolver boa parte do avanço/queda obtido na onda 1 (normalmente entre 50% e 62%). A grande característica da onda 2 é a surpresa, uma vez que o fundo desta onda permanece acima do fundo da onda 1, quebrando assim a expectativa da continuidade da baixa.
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