Esse final de semana dediquei parte do tempo a leituras de peculiares artigos "financeiros". Ocorrem-me dois, aparentemente contraditórios:
- publicação no site do ECRI (Economic Cycle Research Institute) um artigo revelando que - pela metodologia adotada pelo instituto - "o final da recessão já estava à vista". Na verdade o trabalho foi divulgado aos membros do ECRI em 19/mar. E só agora aberto ao público (clique aqui);
- o maior nível de vendas por parte de insiders nos EUA (íntegra aqui), desde 2007.
Esses paradoxos são proxy de um segundo estágio que se desenvolve em meio a recuperações de preços depois de crashes/selloffs. Parte dos experts defende o fim do bear market. A outra, continuação dele. Para mim essa disputa é indiferente porque só acredito no que vejo e porque - como defende Mrs. Raschke - não penso muito adiante.
Elaborei um chart mostrando um conhecido indicador de breadth ( McClellan Summation Index), de relevância para o médio e longo prazos, sobreposto ao NYSE Index. Uma maneira de analisar indicadores, claramente ignorada em Pindorama, consiste em associar oscilações expressivas de ranges ao price action. Não raro movimentos assim sinalizam final de bull ou bear markets. Chama a atenção a força de breadth desse suposto "bear rally". O Summation Index ultrapassou com folga os topos anteriores. Algo que não ocorreu no bear mkt de 2000. Note-se que quando isso finalmente foi visto significou o fim do bear market. E, apesar do NYSE Index estar sobrecomprado no CP, nada indica que essa condição se resolva necessariamente com um pullback pronunciado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário