"Sempre" é vocábulo inexistente nos mercados financeiros. Aliás, sempre e nunca devem ter sido usados no MFF em número de vezes que cabem nos dedos da mão. As manadas estão certas na maior parte das tendências, mas erradas muito frequentemente em seus turning points. Pode ser aconselhável ir contra a manada, com a probabilidade a favor, em duas situações: com volatilidades reduzidas ou bem elevadas. Traders agressivos podem quebrar porque tem o hábito de apostar contra a massa, geralmente alavancados.
No post anterior apostei dentro do universo ortodoxo ao dizer que calls de exercício em 120 iriam ao pó na sexta-feira próxima (dia 16), vencimento yankee, simplesmente porque a maioria espera(va) que isso não ocorresse. Em operações reais o operador deve ter antes confirmação dos preços, quando somente aí a manada pega com o pé trocado potencializa a queda zerando suas posições. Uma confirmação viria hoje com um fechamento abaixo de 120 no SPY (proxy do S&P500). A mínima de hoje sequer bateu nesse preço. Ouch! Contrarian views - assim como breadth e volume - são simplesmente instrumentos acessórios das análises baseadas em price action.
O momento é sui generis. Há insistente ceticismo no mercado, o que pode prolongar ainda mais esse rally. Mas não vejo gordura em novas posições compradas que possam ser administradas tranquilamente. Em suma, difícil fugir de um recomendação do tipo HOLD.
3 comentários:
what about "charts never lie"?
Charts never lie porque é o que é. Os amadores querem sempre regrinhas infalíveis do tipo "sempre" e "nunca". Essa ingenuidade é o combustível de sites que dizem saber a "hora exata de comprar e vender".
Esse é o contexto empregado. Capisci? :)
o contexto já estava subentendido... mas é que a piada já veio pronta, não podia ser perdida!
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