Quinta passada a agência Fitch rebaixou a nota de crédito do México, de BBB+ para BBB. O país deverá ter uma redução no PIB da ordem de 7,5% esse ano. Boa parte dessa hecatombe financeira deve ser creditada à redução na produção de petróleo da sua principal bacia. Há 2 anos produzia 2M barris/dia. Hoje, não passa de 500 mil. Para piorar um pouco os irmãos latinos são pesadamente dependentes da economia yankee.
A julgar do price action acima, parece que nada disso sensibilizou os players. O proxy das ações do México na NYSE continua a ignorar solenemente as suas condiçoes macroeconômicas (e não só dele). O greenback a custo zero tem promovido distorções há muito não vistas na relação preço-fundamentos. E esse é só um exemplo. Contudo, é bom conselho guardar sempre no bolso da calça o ensinamento de Mr. Keynes, "The market can stay irrational longer than you can stay solvent".
6 comentários:
Você se superou com este comentário. Simples e precioso !!!
Agradeço a deferência, caro André.
Ótimo post como sempre, Fact. Tem gente que acha que o Ibovespa já subiu 80% esse ano porque os estrangeiros finalmente reconheceram o valor dessa "gente bronzeada". Desconhecem esse fenômeno conhecido por "the mother of all reflation rallies".
Daqui 7, 8 anos, as pessoas vão olhar os movimentos do mercado em 2008, 2009 e 2010 e dizer "SWEET MOSES!!".
Essa frase do Keynes é perfeita, apesar de desconsiderar completamente as idéias dele sobre economia. Afinal esse "reflation rally", assim como "clash for clunkers", "homebuyer tax credit" e outras bobagens são políticas de something for nothing tiradas da cartilha do mencionado.
Abraços e parabéns pelos escritos, como sempre.
Valeu, Leo. Mr. Ben juntou o pior das escolas de Friedman e Keynes, o que nem mesmo o antecessor conseguiu.
[]s
Que tal escrever hoje: "Please remember fundamentals" rssss
Para cada dia de "remember fundamentals" temos 2 ou 3 de "forget fundamentals". hehe []s
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