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sábado, 26 de dezembro de 2009

Year-End Thoughts On The Markets

Minhas análises mostram-se geralmente corretas porque reconheço as limitações do meu método e porque obedeço basicamente às duas primeiras premissas delineadas na entrevista de Linda Raschke (clique aqui). No final de novembro escrevi que esperava um price action frágil em janeiro. Decorrido quase um mês da publicação desse post já não tenho a mesma convicção. Mas apenas por uma questão sazonal convém aguardar o desenlace da primeira semana de janeiro. Nessa época managers de fundos começam a realocar recursos, sem a influência dos bônus de performance.

Em dezembro - apesar do desempenho basicamente neutro de equities - yields dos Treasuries dispararam. Averages tipicamente ligadas a growth ultrapassaram seus 52-wk highs (vide índice de semicondutores acima). Embora alguns poucos agentes tenham cacife para manipular um mercado por um tempo, não é possível alterar a tendência primária. O FED tem nos últimos meses mantido yields baixos com a compra direta de 22% dos novos Treasuries emitidos e compras indiretas (furtivas) a partir dos dealers. Um dos objetivos era a manutenção de juros acessíveis nos financiamentos imobiliários. Isso chegou ao fim. Para botar um pouco mais de lenha na fogueira, os déficits comerciais dos EUA em relação à China estão diminuindo ano a ano. Esse ano espera-se uma redução de 30%(!) em relação à 2008 [hat tip to Charles Hugh Smith.] Minha experiência mostra que oportunidades de investimento/especulação dificilmente se repetem. [P.ex., empresas "dot com" em 98-99 e crude oil em 07-08.] Daí...no primeiro trimestre de 2010 convém observar o mercado de bonds yankees. Technicals sugerem que boas oportunidades surgirão aí (leia-se, fundos short de Treasuries). A ausência de notícias "oba-oba" nesse sentido apenas reforçam minha tese. Claro que esse cenário traz à tona a suspeita de que nossa querida Selic já comece 2010 em seu patamar mínimo. Daqui para diante, se for alterada, só mesmo para cima.

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