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domingo, 29 de junho de 2008

Fact On Contrarianism*

Tem sido muito instrutivo perceber como os "novos" investidores (leia-se: pessoas físicas cadastradas em homebrokers nos últimos 5 anos) avaliam a questão do "contrarianismo". Nesse período vários periódicos de grande circulação dedicaram pelo menos uma manchete de capa ao mercado de ações. Novos veículos especializados no assunto surgiram. Salvo melhor juízo, cada acontecimento desses não obteve recepção favorável por parte das comunidades de fóruns e grupos eletrônicos que costumo pesquisar para formar minha opinião.
O sentimento "contrário" sugere que os últimos investidores a levantarem os preços sejam aqueles atraídos pelo oba-oba da mídia. A história realmente tem nos mostrado que esse é um bom balizador para gerenciamento de risco, principalmente após anos de um bull market. Mas no caso específico do IBovespa isso nunca chegou a me preocupar. Por quê? Não tem sido o investidor doméstico (institucional ou não) o responsável pelo nosso expressivo bull market. E sim o estrangeiro. Falta-nos poupança doméstica para tal. Portanto, meu contrarian benchmark deveria ser colocado, a meu ver, na mídia estrangeira. Imaginem uma capa da Newsweek ou do NYT mostrando entusiasmo com equities no Brazil. Yikes!

Embora isso não tenha ocorrido, depois do blow-off do mercado chinês e anteriormente ao IG concedido ao Brasil já notava que a letargia da mídia yankee e de hedge fund managers em relação ao mercado de equities brasileiro fora abalada. Esse mês o Dow Jones Indexes, unidade da Dow Jones & Company, criou o DJ BRIC 50 Index (agora!?), reunindo 50 empresas desse grupo de países.


Aproveitei uma idéia recente do Sandor do Giuoco Piano Trading e pesquisei a evolução de pedidos de busca no Google Search a partir do tráfico nos EUA envolvendo o termo "ETF Brazil". O resultado é bem sugestivo. O pico recente no número de buscas coincidiu aproximadamente com o pico do Ibovespa e dos mercados em geral. Se esse fato foi leading ou lagging, difícil dizer. A ferramenta não chega a esse nível de detalhamento temporal.


Moral de estória: Investir baseando-se numa filosofia contrarian - ao contrário do que se diz por aí - está longe de ser algo simples.
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* Centésimo post. Nunca pensei que fosse ter paciência para escrever isso tudo. :)

2 comentários:

Bob disse...

Aqui vai cair mesmo quando meu chart Bov x Popularidade do Lulla apontarem na mesma direção.Ué, não pode? Tem a aquele doido em WS que relacionou o DJIA com o número de desfiles da Gisele Bunchen. Sei lá!
Pessimismo começando a aparecer por lá.

Fact Finder disse...

Certamente, Bob. Talvez o site não seja novidade para você. Mas de uma olhada aqui: http://www.socionomics.com/archive.aspx.
[]s