Periodicamente a mídia elege um assunto que toma de assalto as pautas dos jornais. Agora a bullshit du jour é o pacote de estímulo aos bancos yankees proposto por Mr. Timothy Geithner, sucessor de Henry Paulson. Poucos devem parar para ler as frases que coloco à direita. A de Jay Snelson ao lado é conveniente ao momento. Quanto mais interesse se dá a um assunto menos importante ele é. Ser um profundo conhecedor do plano aprovado em Capitol Hill em nada te ajudará a ganhar dinheiro ou deixar de perdê-lo em mercados de renda variável.
O que me deixa realmente estupefato é sentir que esperam que o mesmo engodo praticado pelo ex-Chairman Alan Greenspan de 2000 a 2007 agora seja a salvação. Ora, se o excesso de liquidez está na raiz do problema atual como é possível que pacotes sirvam para repará-lo?! Stimulus packages (TARPs, "bad bank, good bank" et alli) simplesmente remove a podridão dos balanços. São piores que injeções de liquidez pontuais. Agem sobre o resultado e não sobre o problema. Nada mais. Não devolve a rentabilidade do setor bancário. Acomoda CEOs. E não estimula soluções criativas dos staffs corporativos. O ser humano não produz em ambiente confortável. Recentemente o próprio estrategista do BoA, Richard Bernstein, admitiu que "o plano bancário não irá funcionar". Ouch! Noriel Roubini, superstar do caos de crédito e odiado por fundamentalistas, propriamente alertou que sem ajuda do Tesouro a recuperação da economia seria em "V", com ela, em "L". Me baseando em uma análise de sentimento me parece que isso irá tomar a forma de um bumerangue. Tomo emprestadas as palavras de Bob Farrell: "When all the experts and forecasts agree -- something else is going to happen".
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