O amigo Lafayette Jota - conhecido forense do mundo bursátil - um dia formulou uma pergunta muito interessante. Algo mais ou menos do tipo:
"Fact, você tem por hábito analisar o Ibovespa dolarizado. Como fica sua análise quando há variações grandes no câmbio? O seu target imaginado se altera?"
Em uma postagem mais antiga comentei que tinha por hábito analisar preços em USD porque dessa análise surgiam pontos peculiares de oferta e demanda, não necessariamente visíveis em BRL. Dada a sensível inteligação de preços nas praças financeiras mundo afora, as oportunidades de arbitragem diminuíram sensivelmente. "Desníveis" de preços são corrigidos quase imediatamente.
Hoje vimos um dia pouco comum no qual price action e pair USD-BRL caminharam na mesma direção. Geralmente subidas no Ibovespa trazem valorizações do câmbio. Assumir qual mercado puxa o outro é uma tolice. Isso é totalmente irrelevante. No fechamento de hoje o iShares Emerging Markets perdeu 0,43%. O iShares Brazil ganhou 0,82%. O Ibov/USD Com. subiu 0,53%. Pequena diferença. Até aí nada demais...Mas a desvalorização do câmbio hoje em 1,88% precisou de um contrapeso no price action do Ibov que precisou subir 2,87%. Ou vice-versa. No final das contas, minha convicção é a de que é sempre preferível analisar mercados em "moeda forte". E - queiram ou não - o USD ainda é uma delas. Por derradeiro, vale observar que em certos dias a natureza do mercado é clara. No entanto na maioria das vezes, não o é. E pra mim hoje foi um destes dias...
Um comentário:
veneravel Sir.
lembrando EWZ:
novamente, again & again, só para complicar, na última meia hora de pregão aqui, a nossa 'descolada' colou na Matriz e voou... e foi só fechar aqui e DJIA cedeu e cedeu, but, sei lá por que cargas d'água, bateu e subiu (tem malandro nesta 1/2 hora 'jogando' pif com EWZ), dando uma da Conceição do Cauby (talvez culpa do Bob que - agora petista rôxo; ou "cor-de-rosa"?... sei lá tchê...
que anda dizendo que o ÔBAma não manda no lullinha).
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