A uma das sequelas* deixadas nos cidadãos pela violência urbana os especialistas dão o nome de estresse pós-traumático. Tomemos o exemplo de um taxista, vítima recente de um "sequestro-relâmpago" perpretado por falsos passageiros. Apesar das diversas pessoas que entram e saem de seu veículo durante sua jornada diária, cada uma delas passa inevitavelmente a ser vista como uma potencial ameaça. A perturbação psíquica faz com que acontecimentos corriqueiros remetam-no à experiência de violência a que foi submetido. Os sintomas são semelhantes com os da mais conhecida Síndrome do Pãnico. No entanto, as patologias não se confundem.
De forma análoga, o price action visto nos mercados de equities no segundo semestre do ano passado criou uma nova leva de "estressados pós-traumáticos". Com a percepção alterada, um percentual significativo deles tenderá a achar que qualquer movimento mais volátil de preços denota a formação de uma bolha. Inexiste uma definição de bolha pelo NBER (bureau econômico yankee). Mas sabe-se naturalmente que o que se convencionou chamar de bolha leva alguns anos para fazer ploft.
A nova histeria é aquela observada nosTreasuries de 10 e 30 anos. Enquanto houver inúmeras vozes vaticinando a existência de tendências parabólicas, preços continuarão a subir. Em termos técnicos uma bolha é apenas um blowoff de preços visto em um timeframe de longo prazo. No daily chart mostrado percebe-se um exaustion gap - responsável por alguns artigos esparsos sobre o tema - sinalizando queda momentânea de preços. Segundo a literatura especializada, tais fenômenos gráficos dificilmente sinalizam major reversals. Ao technician descuidado pode passar despercercebido que em um timeframe mensal, o que ele acha que é um estouro de uma bolha, mais parece um major breakout (preços emergindo de consolidações para cima), dando continuidade à redução contínua de yields que se estende desde a década de 70. Eventualmente qualquer tendência de alta pode entrar em parabolic trend. Mas claramente não é o que vejo no momento.
* Está certo, Prof. Pasquale?
2 comentários:
caro Mestre Fact;
quá, gostei da sua nova Factceta; supimpa nus urtis pô: acuma chama issus?... Psicologia do Market, ou Psicanálise Bursatil?...rsrs).
esta sua maias abrangente visão do UP dos papeis oficiais gringos 30Y (gaps a parte que nem todos os mercados dão bola pra isso, basta ver $GOLD que coleciona tais pulinhos), vai esclarecer - definitivamente penso eu - as dúvidas do incucado japa PQD, que anda meio cabreiro com o possivel estôuro dessa bôlheta.
a mim, tanto faz; pois essa coisa aí, pelo menos por ora, vai ser mais manipulada ainda; visto que ao FED só interessa aplicadores de LPAPDV (a turma do Big Money que está esperando Goddot-Obama, escondida atraz da bat-fortaleza do Tezouro de Tio Sam); e estão pagando a 'fortuna' de 0% de rendimentos para os compradores de TN de CCP...exceção apenas aos Bonds do James q pagam 0,007%, of course...e no + = canja, né?
excelente, como tudo que prega aí no poste.
[ ]ão and, again; again & again: Feliz 2.011.
...em relação à excelência e irrefutabilidade dos Relatórios do independente e hiper-qualificado NBER (até quem serve o cafezinho e varre o chão lá, tem PHD) - tanto quanto à tradicional maturação da prenhês para concebê-los e à quase sempre mal interpretada 'demora' em publicá-los - deixei um coment, embaixo do meu penúltimo poste (baita clone), lá na outra praia - e, quando... e, se... der, uma passadinha porrrrlá, kkkkk) - dê uma oiadinha.
15+15 etc: e no mais... idem, idem [()s].
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