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domingo, 29 de março de 2009

Ways Not To Take Responsability

Estava pensando nas várias maneiras de se eximir de responsabilidade nos mercados de livre negociação. Uma delas já havia comentado: o maldito "longo prazo". Há uma outra que observo com certa frequência.

Leitura e estudo: Profissionais que sempre gostaram de estudar acreditam que ler vários livros sobre análises fundamentalista e/ou técnica, biografias de grandes investidores os fará abreviar a parte prática da atividade. Pela Internet tenho visto alguns casos em que essa arrogância intelectual cobrou um preço caro. Essas pessoas tendem a comparar o status profissional com seu status de investidor. Depois de muito "estudo", pode ocorrer que este esteja muito distante daquele. A dor interior torna-se desagradável ["li todas as obras de fulano de tal como posso ter um desempenho medíocre desse?"] E o profissional de sucesso desiste da renda variável. Conheço gente que parece saber tudo na teoria e nada na prática (consultores). E não consegue traduzir o conhecimento "acadêmico" em performance. [Algo similar ao que ocorreu com aquele professor da PUC/RJ e consultor que deixou uma conhecida firma de investimentos]. Em Pindorama há um tipo de gestor de fundos e clubes de investimento sui generis cujo principal patrimônio é o networking e o insider information. Mas faz transparecer aos cotistas que investe de acordo com alguma metodologia conhecida e facilmente adotada por qualquer um.

A única maneira de se aprimorar nessa difícil arte dos investimentos (ou especulação, como preferirem) é passar pela learning curve na prática. Esta lhe permite saber o que funciona em determinado mercado e o que não funciona em determinada exposição a certo nível risco. Os "acadêmicos" não entendem por que a teoria preconiza uma coisa. No entanto, na maior parte do tempo acontece outra. Os "acadêmicos" podem ter viés técnico ou fundamentalista. Em Pindorama há analistas conhecidos que se encaixam nessa classe [há um que toda semana aparece com um indicador novo]. O que os úne é a paixão pelo estudo de determinados ícones e suas teorias. Não compreendem que certas celebridades são outliers, pontos totalmente fora da curva. [Estes conseguiram adaptar seu método às realidades econômico-sociais e ao ambiente em determinadas épocas]. Não conseguem adaptar ou desenvolver um método próprio e percorrer a learning curve.

3 comentários:

aguia disse...

FACT, in Fact!

minha avo e o Delfim:

vovo: "vai fazendo, vai meu fio... vai ki um dia o c aprende..."

Delfim, ex-Ministro da Dita dura (dirigindo-se ao entao Ministro da mesma dita cuja, Mario Henrique Simonsem que lhe dera um puxao de orelhas pela Imprensa, por haver, o primeiro, criticado na mesma midia o segundo que na replica lembrava ter sido PROFESSOR do Delfim): "quem sabe faz, quem nao sabe ensina" (nso houve treplica...)

Fact Finder disse...

Há muito tempo escuto esse cliché, Amigo Akilino. O episódio foi verídico? []s

Anônimo disse...

A verdadeira maneira de se enganar é julgar-se mais sabido que outros.
(La Rochefoucauld)