Ontem um conhecido meu desabafou:
"Olha a CSN! O IFR dela está acima de 90. Cara, como pode?"
Poucas coisas são tão frustrantes quanto assistir da arquibancada a disparada de um papel que acabamos de vender. E, pior, ele não nos dá a mínima chance de reentrada. A esperança é aquele indicador A ou B em estado de sobrecompra. Afinal, se está overbought a qualquer momento terá que cair.
Primeiro, há que distingüir entre indicador e oscilador. Estes oscilam dentro de limites conhecidos (ex: o IFR inevitavelmente estará entre 0 e 100). Aqueles, não necessariamente. O OBV - pra citar um dos mais seguidos em Pindorama - é cumulativo. E, portanto, não está obrigado a oscilar dentro de uma faixa de valores.
Resumindo: Todo oscilador é um indicador. Mas nem todo indicador é um oscilador.
Um fetichismo por indicadores pode deixar o praticante desorientado. Na pior das hipóteses, dirá que gráficos não funcionam e buscará consolo em idéias fundamentalistas. A verdade é que tendências mais fortes manterão osciladores por muito tempo em valores extremos. E o que já parece overbought ficará mais overbought ainda (ou oversold, se for no sentido contrário). Osciladores se prestam a trading markets (de lado) e não a trending markets (em tendência).
O maior erro dos neófitos (e não só deles) é achar que os preços devem confirmar os indicadores/osciladores, quando na verdade deve ser o inverso. O parâmetro principal da Teoria Dow são os preços. E estes deveriam balizar as decisões de compra/venda. Se os indicadores confirmam o price action (e geralmente o fazem), ótimo.
Quem está aprendendo a dirigir ainda não pode dizer que este ou aquele veículo não presta.
2 comentários:
Bom dia Fact e amigos. este item do IFR já pregou peças em todos creio eu.
Não sei se certo ou errado mas costumo ajustar o IFR por papel, creio que funciona melhor
Bob, esse procedimento é positivo e põe uma certa limitação no Efeito Fetiche...
Postar um comentário