Há várias respostas dependendo do interlocutor...
1. "Chilique do mercado. Os fundamentos não mudaram", diz o fundamentalista ortodoxo;
2. "Mais vendedores que compradores", diz o grafista ortodoxo;
3. "Discurso pessimista do presidente do FED", diz a mídia;
4. "Porque eu comprei. Sou um puta azarado", diz o neófito;
Chistes à parte, passo a um caso concreto. O price action de CSNA3 impressionou no meses de janeiro e fevereiro ao registrar altas substanciais diante de um Ibovespa letárgico. Cada dia de alta "sem explicação" atiça a ganância dos espectadores. Li algures uma frase genial, the rally turns skeptics into believers. O final desse processo é o blow-off (ou buying climax) onde os amadores pulam a qualquer preço dentro do papel e os profissionais saem. Em meio ao processo surgem motivações para a queda. Não por coincidência no dia 21 a corretora Merrill Lynch rebaixou CSN de compra para neutro. E provavelmente serviu de incentivo adicional para uma forte realização. Convém lembrar que o processo é praticamente idêntico àquele ocorrido em Vale PNA em outubro do ano passado. O clímax de compra é um processo natural e independe de notícias, ao contrário da crença popular.
Nas palavras de Alan Farley, "buy the first pullback from a new high." Pela minha experiência o mandamento vale mesmo para os casos de blow-off. Estes não representam o beijo da morte para os ativos. Em geral, apenas uma parada para reflexão.
* PS: Os operadores do aftermarket deram ontem tom pessimista. Mal comparando fornecem indicações similares aos dos odd-lotters yankees (operadores do mercado fracionário).
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