Gaps (ou windows, no jargão da escola oriental) são espaços deixados nos gráficos de uma sessão para outra. Ocorrem com muito mais freqüência em charts diários que em semanais ou mensais. São resultado da precificação de toda as informações reunidas enquanto as bolsas estão fechadas. Convém lembrar que mercados que não fecham dificilmente irão exibi-los [Exemplo do Mercado Forex (moedas)].
É um assunto que não se esgota em poucas linhas. E certamente voltarei a ele em outras oportunidades. Por hora denuncio o erro principal da maioria: comprar papéis em dias de gap, como hoje. O neófito quase sempre sucumbe às emoções provocadas por papéis que pulam na abertura 3, 4, 5%. Serenadas as fortes emoções dos participantes o price action recua. Áreas deixadas pelos gaps são suportes em potencial. Portanto, bons entry points. E, ao contrário da crença popular, nem sempre se fecham. A sintonia fina para a entrada deve ser feita em timeframes menores.
Atenção especial deve ser dada a esses fenômenos gráficos. O potencial de ganho é imenso...
A título de curiosidade vai uma informação: vendi minhas Vale PNA hoje para, com grandes chances, recomprar a preços menores esses dias.*
* Update do dia 19/02: Novos gaps para vários papéis hoje só me fazem diminuir a expectativa de intensidade do pullback, mas não sua ocorrência.
7 comentários:
A questão da necessidade de fechamento dos gaps é uma discussão antiga. Já havia debatido isso exaustivamente com uma colega lá do antigo fórum da Fator, quando ela insistia comigo que os mercados SEMPRE retornam para fechar os gaps. Pelo visto sua opinião é a mesma que a minha, rs.
Quanto à Vale, tenho vontade de vender para recomprar, mas estou com medo de tal janela não se abrir como imaginamos por conta de algum evento não tão esperado (algo tipo um fechamento rápido do negócio com a Xstrata; sei que o receio do mercado nessa operação é maior por conta do endividamento, mas lembro bem da euforia que se sucedeu à aquisição da Inco. Estou um pouco paralisado na situação. A lógica me diz para aproveitar a euforia pós anúncio do reajuste, mas uma vozinha lá no fundo me deixa com medo de ficar de fora de uma segunda onda de euforia não tão fácil de se prever...)
Ah, esqueci de assinar a mensagem anterior, rs.
Sds,
S. Garcia
Sávio, NUNCA deve ser colocado em contexto. Para todos os efeitos algo que leva meses para se fechar é um QUASE NUNCA. A grande maioria se fecha mesmo que após reversões sérias de médio prazo, p. ex. Poucos ficam eternamente abertos...Nunca e sempre são palavras que jamais devem ser usadas em AT.
Enquanto persistir o suspense na negociação com a Xstrata, o papel estará "amarrado". A questão do preenchimento ou não do gap será respondida pela direção que Wall Street tomar. :)
Digo, SEMPRE deve ser colocado em contexto...
Fact, sinceramente aos meus olhos um GAP que se fecha "dez anos depois" não fechou coisa alguma, rsrsrs. Ou ele se fecha dentro do timeframe trabalhado, com alguma tolerância razoável ou perde o sentido falar em seu fechamento para "um dia no futuro sabe-se lá quando"... Falar que ele SEMPRE fechará precisando para isso contar com um dia em um futuro desconhecido e distante é o mesmo que apresentar um preço alvo para uma ação sem dizer para quando foi feita a projeção. Em suma: enquanto não acontecer o "espertinho" sempre dirá que apenas ainda não chegou o momento...
Exatamente o que eu disse, Sávio. Se um gap se fecha depois de 8-12 meses, p. ex.,- nem precisa ser 10 anos - não há efeitos práticos na análise. Logo, nao podemos considerá-lo um fechamento strictu sensu.
Amigo Fact, "dez anos" foi uma "licença poética", rsrsrssrs!
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