No ano o Ibov, até hoje, retornou -6,38%. O IBrX-50, -10,06%. Como boa parte dos portfolios de ações de bancos e corretoras tende a seguir este índice como benchmark, é razoável supor que 90% deles estejam no vermelho. Fiz uma contas rápidas - já que parte bem pequena do meu capital de giro (leia-se, destinado à renda variável) está retido como margem de operações em opções - e cheguei a uma rentabilidade na faixa entre 3,60 e 3,80%.
Muitos investidores que se deixam levar por estereótipos podem acreditar que sou obrigado a correr riscos acima da média para obter rentabilidades positivas enquanto o mercado em geral cai. Em nenhum momento do ano a rentabilidade de meu capital perdeu mais que 5%. No período o Ibovespa chegou a ceder mais de 17% Não fui vítima da queda de janeiro, tampouco beneficiário do rally subseqüente (infelizmente). Na virada do ano já estava meio pessimista com o mercado em Wall St. e deixei isso claro aos amigos mais chegados. No dia seguinte ao corte de 75 bps no Fed Funds em 22/01 percebia-se que o mercado estava dando sinais de pânico crescente. A um amigo que agora me lê de Berlim comentei que pela primeira vez desde que os cortes se iniciaram o price action do dia seguinte desafiara os lows do dia do corte. This is no good, folks. Ainda assim, fui surpreendido com outro "V-type bottom" nos emerging markets (e somente neles), o segundo em seqüência (!).
Assim como Paul Tudor Jones, prefiro reversals e pullbacks a trends, principalmente em se tratando de bull markets mais maduros nos quais as tendências não duram muito e passam a ser meio erráticas. Só que desta vez não tive nem alternativa. Explica-se: Não consegui pegar nenhum dos últimos 2 fundos (ago/07 e jan/08)! Essa é uma das vezes em que ser um leigo em technical analysis teria sido uma vantagem. rs
Em suma, a queda atual era a que eu esperava em janeiro, qualitativamente falando. E se minha premissa estiver correta não haverá outro "V-bottom" tão cedo...
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